SÃO PAULO (Reuters) - A percepção de melhora tanto nas condições atuais quanto nas expectativas para os próximos meses aumentou e a confiança da construção terminou 2018 em seu maior nível em quatro anos, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 0,8 ponto e foi a 85,5 pontos em dezembro na comparação com o mês anterior, o maior patamar desde dezembro de 2014.
"A percepção empresarial dominante foi de melhora no ambiente de negócios da construção ao longo de 2018. No entanto, esse movimento não vai se traduzir em um resultado positivo para o PIB do setor. A esperada recuperação foi adiada mais um ano. (...), o indicador de Confiança continua abaixo do patamar do final de 2014, o primeiro ano da crise", explicou a coordenadora de projetos da construção da FGV/IBRE, Ana Maria Castelo, em nota.
No mês, o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 0,8 ponto, para 96,6 pontos, seu maior nível desde fevereiro de 2014, com destaque para o indicador que mede a demanda prevista para os próximos três meses.
O Índice da Situação Atual (ISA-CST), por sua vez, aumentou 0,6 ponto, para 74,7 pontos, atingindo seu maior patamar desde abril de 2015, influenciado pelo indicador que mede a percepção sobre o momento atual.
Na semana passada, a FGV já havia divulgado que o Índice Nacional de Custo da Construção–M (INCC-M) subiu 0,13 por cento em dezembro, contra avanço de 0,26 por cento no mês anterior, encerrando o ano com alta acumulada de 3,97 por cento.
Ainda nesta quarta-feira a FGV informou também que a confiança do comércio subiu 5,7 pontos em dezembro, atingindo 105,1 pontos, o maior valor desde abril de 2013.
(Por Stéfani Inouye)