(FGV corrigiu o dado da confiança de fevereiro para 77,9 pontos (não 77,0), alta de 3,8 pontos (não 2,9) sobre janeiro. O ISA avançou 1,8 ponto (não 1,5), para 67,9 (não 67,6) pontos, e o IE aumentou para 85,7 pontos (não 84,5). Intenção de compra de bens duráveis avançou 12,1 pontos (não 8,8), para 72,4 pontos (não 69,1)
SÃO PAULO (Reuters) - A confiança dos consumidores no Brasil teve recuperação a uma máxima em seis meses em fevereiro, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas nesta terça-feira, embora seu patamar ainda baixo em termos históricos continue impondo cautela.
Em fevereiro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV subiu 3,8 pontos, a 77,9 pontos, maior nível desde agosto de 2021 (81,8 pontos).
O resultado refletiu melhora tanto na avaliação sobre o momento presente quanto nas expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,8 ponto, para 67,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) ganhou 5,0 pontos, a 85,7 pontos, máxima desde agosto de 2021 (90,9 pontos).
"O destaque foi o aumento da intenção de compras de bens duráveis, em queda há cinco meses consecutivos", disse a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt, em nota. Esse indicador avançou 12,1 pontos, para 72,4 pontos, maior patamar desde janeiro de 2020 (76,3 pontos).
"O resultado positivo pode ter sido influenciado pelo Auxílio Brasil nas faixas de renda mais baixas, perspectivas mais favoráveis sobre o mercado de trabalho e situação econômica", afirmou Bittencourt.
"Mas é preciso ter cautela, o nível (do ICC) ainda é muito baixo em termos históricos e o comportamento volátil dos consumidores nos últimos meses mostra que a incerteza elevada tem afetado bastante a manutenção de uma tendência mais clara da confiança no curto prazo", alertou a especialista.
(Por Luana Maria Benedito; Edição de Camila Moreira)