Seul, 10 mar (EFE).- A Coreia do Norte realiza neste domingo eleições para escolher os novos deputados da Assembleia Popular Suprema, principal órgão legislativo do país, em um ambiente marcado pelo recente fracasso das negociações com os Estados Unidos na cúpula de Hanói.
A Assembleia Popular Suprema, presidida pelo veterano Kim Yong-nam, de 91 anos e considerado o presidente cerimonial do país, possui 687 cadeiras, uma para cada distrito eleitoral do país.
Em cada distrito um único candidato concorre e a votação é uma mera formalidade, já que estes candidatos são escolhidos por maiorias arrasadoras (as legislativas anteriores de 2014 tiveram uma participação de 99,97% e cada deputado foi eleito com 100% dos votos, segundo a imprensa do regime).
Os novos deputados substituem os escolhidos no pleito anterior, realizado a cada cinco anos.
A imensa maioria dos deputados pertence ao Partido dos Trabalhadores - na legislatura que está a ponto de terminar, 607 dos 687 cadeiras são deste bloco - e os demais são de partidos menores que, por sua vez, apoiam a ideologia da legenda majoritária.
Alguns analistas acreditam que o regime pode usar este pleito para enviar uma mensagem de coesão nacional aos cidadãos após a cúpula fracassada entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente dos EUA, Donald Trump, realizada no mês passado em Hanói.