BERLIM (Reuters) - O crescimento econômico da Alemanha desacelerou mais que o esperado no terceiro trimestre, com a queda nas exportações após a votação britânica para deixar a União Europeia, embora a maior economia da Europa aparente estar pronta para um retomada nos últimos três meses do ano.
A economia cresceu 0,2 por cento no período de julho a setembro, após expansão de 0,4 por cento nos três meses até junho, informou a Agência Federal de Estatísticas. A expansão foi inferior ao consenso de mercado, que apontava crescimento de 0,3 por cento.
Analistas esperam que a economia encerre o ano em um tom mais forte, embora alguns estejam preocupados com as perspectivas de longo prazo para a as exportações da Alemanha em meio a promessas protecionistas de campanha do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Na nossa visão, o dado mais recente menos dinâmico de crescimento não é um motivo para preocupação", disse o economista do UniCredit (MI:CRDI) Andreas Rees, acrescentando que dados indicam que a desaceleração do terceiro trimestre foi momentânea e não indica fraqueza do longo prazo.
O terceiro trimestre foi atingido por uma desaceleração no comércio exterior com as exportações caindo um pouco e as importações subindo marginalmente, disse a Agência de Estatísticas.
A demanda doméstica se sobrepôs ao comércio internacional, como maior impulso ao crescimento da Alemanha, com a queda do desemprego aumento real de salários e baixas taxas de juros levando a mais gastos dos consumidores.
(Por Michael Nienaber)