WASHINGTON (Reuters) - Os custos de mão de obra nos Estados Unidos registraram a maior alta desde 2001, conforme as empresas aumentavam os salários e benefícios em meio a uma grave escassez de trabalhadores, sugerindo que a inflação pode permanecer alta por algum tempo.
O índice de custo do emprego (ECI, na sigla em inglês), uma medida mais ampla dos custos da mão de obra nos EUA, subiu 1,3% no último trimestre, após alta de 0,7% no período de abril a junho, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. O maior ganho desde 2001 refletiu um amplo aumento entre os setores.
Os custos com mão de obra avançaram 3,7% ante o mesmo período do anterior, o maior aumento desde o quarto trimestre de 2004, após alta anual de 2,9% no segundo trimestre.
"Embora os aumentos salariais tenham se concentrado inicialmente em setores com salários mais baixos, recentemente as pressões salariais têm se ampliado entre os setores", disse Veronica Clark, economista do Citigroup em Nova York.
O ECI é amplamente visto por autoridades e economistas como uma das melhores medidas das condições do mercado de trabalho e um preditor do núcleo da inflação por se ajustar às mudanças na composição e qualidade do emprego. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice avançaria 0,9% no terceiro trimestre.
Remunerações e salários aumentaram 1,5%, após alta de 0,9% no segundo trimestre, um avanço de 4,2% em comparação com o mesmo período no ano anterior. Os benefícios subiram 0,9% após alta de 0,4% no trimestre de abril a junho.
(Por Lucia Mutikani)