Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O ritmo de crescimento da atividade de serviços dos Estados Unidos atingiu máxima de sete meses em junho com o aumento das novas encomendas e as empresas contrataram mais trabalhadores, sugerindo que a economia recuperou ritmo no segundo trimestre.
Apesar de outros dados nesta quarta-feira terem mostrado que o déficit comercial aumentou em maio com a alta dos preços do petróleo ajudando a levantar a conta da importação, o comércio continua a caminho de contribuir para o Produto Interno Bruto (PIB) no período entre abril e junho.
Os sinais de força na economia sugeriram que ela pode lidar com a turbulência nos mercados financeiros, provocada pela incerteza após a decisão britânica de deixar a União Europeia, disseram economistas.
"A economia continua a avançar a um bom ritmo e está em uma boa posição para lidar com a incerteza e a volatilidade do mercado após o referendo britânico. Ainda não achamos que o Brexit significa tanto para essa economia", disse o economista-chefe do MUFG Union Bank Chris Rupkey.
O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou que seu índice do setor de serviços teve alta de 3,6 ponto, chegando a 56,5 no mês passado, leitura mais alta desde novembro.
Uma leitura acima de 50 indica expansão do setor de serviços, que representa mais de dois terços da economia norte-americana.
Economistas estimam que a decisão britânica pode cortar 0,2 ponto percentual do crescimento do PIB nos próximos seis trimestres.
Em um segundo relatório, o Departamento do Comércio informou que o déficit comercial aumentou 10,1 por cento, para 41,1 bilhões de dólares em maio. Quando ajustado para a inflação, o déficit subiu para 61,1 bilhões de dólares contra 57,5 bilhões em abril.
Apesar do aumento, o déficit comercial ajustado para a inflação em abril e maio continua ligeiramente abaixo da média para o primeiro trimestre, sugerindo que o comércio deve fazer uma modesta contribuição para o PIB no período entre abril e junho.