WASHINGTON (Reuters) - O déficit comercial de bens dos Estados Unidos caiu acentuadamente em junho, com as exportações se recuperando após vários meses de queda, sugerindo uma recuperação no comércio global depois de interrupções severas pela pandemia de Covid-19.
A redução do déficit comercial relatada pelo Departamento de Comércio dos EUA nesta quarta-feira não mudou as expectativas de que a economia recuou ao ritmo mais acentuado desde a Grande Depressão no segundo trimestre por causa do coronavírus.
O déficit comercial caiu 6,1% no mês passado, para 70,6 bilhões de dólares. As exportações de bens aceleraram 13,9%, para 102,3 bilhões de dólares, compensando um ganho de 4,8% nas importações de bens, para 173,2 bilhões de dólares. As importações de mercadorias caíram em maio para seu nível mais baixo desde julho de 2010.
A recuperação nas exportações foi liderada por um salto de 144,1% nas remessas de veículos e peças. As exportações de bens de capital subiram 11,0%, enquanto os bens de consumo avançaram 12,6%. Também houve aumento nas exportações de artigos industriais e outros bens, mas os embarques de alimentos, rações e bebidas caíram.
As importações de veículos e peças aceleraram 107,7% no mês passado. Também houve fortes ganhos nas importações de bens de capital e de consumo. As importações de suprimentos industriais, no entanto, caíram.
Embora o menor déficit no comércio de mercadorias seja um impulso para o cálculo do Produto Interno Bruto norte-americano, ele foi compensado pelas contínuas reduções nos estoques do varejo e do atacado. Quedas anteriores nas importações forçaram as empresas a esgotar seus estoques.
(Por Lucia Mutikani)