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Déficit em transações correntes atinge recorde de US$ 90,9 bi em 2014

Publicado 23.01.2015, 13:07
Déficit em transações correntes atinge recorde de US$ 90,9 bi em 2014

Por Luciana Otoni

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil fechou 2014 com déficit recorde em transações correntes, a 90,948 bilhões de dólares, abatido sobretudo pelo mau desempenho da balança comercial e no segundo ano consecutivo sem que o rombo fosse coberto pelos investimentos produtivos vindos de fora.

Só em dezembro, o déficit em conta corrente somou 10,317 bilhões de dólares, informou o Banco Central nesta sexta-feira, pior do que o esperado por economistas consultados pela Reuters, com previsão de saldo negativo de 9,7 bilhões de dólares no mês passado.

O resultado negativo do ano passado foi equivalente a 4,17 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), o maior desde 2001 (4,19 por cento), segundo a série histórica do BC iniciada em 1947.

"Os déficits fiscal e na conta corrente agora excedem a 10 por cento do PIB. Isso é uma indiscutível evidência da deterioração significativa no panorama macroeconômico e um grande desequilíbrio do heterodoxo e intervencionista mix de política. Portanto, um desafio significativo que a nova equipe econômica", afirmou o diretor de Pesquisa Econômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, em nota.

O rombo histórico na conta corrente do país --que abrangem a importação e a exportação de bens e serviços e as transações unilaterais do Brasil com o exterior-- veio sobretudo do déficit de 3,930 bilhões de dólares da balança comercial, pior desempenho desde 1998 afetado pela baixa nos preços das commodities e cenário externo menos favorável.

Também pesou negativamente o aumento dos gastos com aluguel de equipamentos no exterior, como plataformas de petróleo, cuja despesa líquida somou 22,651 bilhões de dólares em 2014, ante 19,060 bilhões de dólares em 2013.

O BC informou ainda que as remessas de lucros e dividendos ficaram praticamente estáveis, atingindo 26,523 bilhões de dólares no ano passado, frente a 26,045 bilhões de dólares no ano anterior.

Já os gastos líquidos de brasileiros no exterior com viagens ficaram em 18,695 bilhões de dólares, um pouco acima da despesa de 18,283 bilhões de dólares em 2013.

No ano passado, os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no país somaram 62,495 bilhões de dólares, insuficientes para cobrir o déficit da conta corrente e marcando o terceiro ano seguido de queda, ainda que pequena, o mais baixo desde 2010. Em 2013, eles haviam ficado em 63,996 bilhões de dólares.

Só em dezembro, o IED somou 6,650 bilhões de dólares, praticamente em linha com o previsto por analistas consultados pela Reuters, cuja mediana era de 6,5 bilhões de dólares.

CARTEIRA

Para este ano, a tendência é de mais dificuldade para as contas externas do país mesmo considerando a recente valorização do dólar em relação ao real, que pode ajudar nas exportações.

"A tendência para 2015 é que a balança comercial melhore. A primeira razão é a taxa de câmbio, depois a perspectiva de maior volume de comércio internacional e, na parte de petróleo, a expectativa de que tenhamos saldo comercial melhor (na conta petróleo)", disse ele.

Mesmo assim, a estimativa do BC é de um rombo de 83,5 bilhões de dólares em 2015 nas transações correntes do país, mas saldo positivo de 65 bilhões de dólares em IED.

No ano passado, o país também viu a entrada de recursos externos para aplicações financeiras recuar. Os investimentos em renda fixa somaram 21,985 bilhões de dólares, segundo o BC, menor do que os 23,028 bilhões de dólares em 2013. Só em dezembro, a saída líquida foi de 8,939 bilhões de dólares em dezembro.

Já os investimentos estrangeiros em ações somaram 11,546 bilhões de dólares no ano passado, ante 11,636 bilhões de dólares em 2013.

A nova equipe econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff está fazendo esforços para recuperar a confiança dos agentes econômicos, e já anunciou diversas medidas fiscais para recuperar as contas públicas do país.

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