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Déficit primário do governo central em novembro é de R$21,3 bi, pior dado mensal da série

Publicado 28.12.2015, 20:15
© Reuters. Sede do Banco Central, em Brasília

BRASÍLIA (Reuters) - O governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) teve déficit primário de 21,279 bilhões de reais em novembro, divulgou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira, no pior dado mensal desde o início da série histórica em 1997, retrato da forte deterioração das contas públicas.

O resultado foi novamente fruto de um descompasso entre despesas e receitas, em meio ao cenário recessivo. Antes dele, o maior rombo num mês havia sido registrado em setembro de 2014 (-20,4 bilhões de reais).

Em novembro, os gastos do governo central tiveram um declínio real (descontada a inflação) de 4,2 por cento frente igual mês de 2014, a 95,633 bilhões de reais.

Em contrapartida, a receita líquida sofreu queda de 19,6 por cento sobre um ano antes, a 74,354 bilhões de reais. Na semana passada, a Receita Federal já havia apontado que a arrecadação federal teve o pior resultado para o mês em sete anos.

Com isso, no acumulado dos 11 primeiros meses do ano, o déficit primário do governo central foi a 54,331 bilhões de reais, patamar mais fraco da série histórica iniciada há 18 anos.

No período, a despesa total foi de 981,191 bilhões de reais a preços correntes, queda real de 3,4 por cento sobre igual etapa de 2014. Na mesma base de comparação, a receita líquida caiu 6,8 por cento, a 926,860 bilhões de reais.

O governo caminha para fechar o ano de 2015 com o pior resultado histórico para as contas públicas, afetado por impasses políticos para aprovação de medidas de ajuste, pela franca derrocada da economia e pelo eventual pagamento das chamadas "pedaladas fiscais".

Mais cedo neste mês, o Congresso aprovou a alteração da meta fiscal de 2015 para um déficit do setor público consolidado de até 116,97 bilhões de reais. Para o governo central somente, o alvo é de um saldo negativo de 51,8 bilhões de reais, que pode chegar a 119,9 bilhões de reais considerando o impacto de 57 bilhões de reais em pedaladas e da frustração com o ingresso no ano de 11,1 bilhões de reais no ano decorrentes do leilão de hidrelétricas.

© Reuters. Sede do Banco Central, em Brasília

Nesta tarde, a presidente Dilma Rousseff deverá se reunir com membros da equipe econômica, entre eles o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para definir como será o pagamento das pedaladas e também trabalhar sobre as perspectivas para as economia para 2016, em meio à previsão de economistas de nova queda do Produto Interno Bruto (PIB).

(Por Marcela Ayres)

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