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Desemprego no Brasil se mantém em 9% no tri até novembro, mostra Pnad Contínua

Publicado 19.02.2016, 09:42
© Reuters.  Desemprego no Brasil se mantém em 9% no tri até novembro, mostra Pnad Contínua

Por Rodrigo Viga Gaier e Patrícia Duarte

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A taxa de desemprego no Brasil permaneceu em 9 por cento no trimestre encerrado em novembro, maior patamar da série iniciada em 2012, enquanto o rendimento médio apresentou ligeira queda, em mais uma evidência da fraqueza do mercado de trabalho diante da recessão econômica que assola o país.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no trimestre até outubro, a taxa havia já havia ficado em 9 por cento. Sobre um ano antes, no entanto, ela tinha sido de 6,5 por cento.

O resultado ficou em linha com expectativa em pesquisa da Reuters junto a economistas, de que a taxa permaneceria em 9,0 por cento.

O rendimento médio da população ocupada, ainda segundo a Pnad Contínua, fechou o trimestre até novembro em 1.899 reais mensais, frente aos 1.910 reais vistos no período até outubro.

Nos três meses até novembro, a população ocupada ficou praticamente estável sobre o trimestre anterior, a 92,173 milhões de pessoas, e recuou 0,6 por cento sobre o mesmo período de 2014.

Já a população desocupada --aqueles que tomaram alguma providência para conseguir trabalho-- no período teve alta de 3,7 por cento em relação aos três meses até agosto, para 9,126 milhões de pessoas, um salto de 41,5 por cento sobre o mesmo período do ano anterior.

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE já havia mostrado a fragilidade do mercado de trabalho brasileiro, com a taxa de desemprego terminando dezembro a 6,9 por cento e a taxa média de 2015 a 6,8 por cento, nível mais alto desde 2009.

A recessão vai se prolongar para 2016 e tende a continuar afetando os trabalhadores, segundo expectativas de especialistas. Segundo pesquisa Focus do Banco Central, que ouve semanalmente uma centena de economistas, o Produto Interno Bruto (PIB) deve encolher 3,3 por cento neste ano, com a inflação medida pelo IPCA chegando a 7,61 por cento.

(Por Rodrigo Viga Gaier e Patrícia Duarte)

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