Investing.com — A taxa de desemprego brasileira caiu para 6,6% no trimestre encerrado em agosto, de acordo com dados divulgados pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 27 de setembro. O indicador veio abaixo do previsto pelas estimativas consensuais, que apontavam para uma leitura de 6,7%.
O indicador caiu 0,5 ponto percentual frente ao trimestre de março a maio de 2024, quando a desocupação era de 7,1%. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o recuo foi de 1,2 ponto percentual, quando a taxa era de 7,8%.
De acordo com o instituto, esse é o menor nível para um trimestre encerrado em agosto desde o início da série histórica em 2012.
A população ocupada chegou a 102,5 milhões, conquistando novo patamar recorde da pesquisa, assim como o número de empregados no setor privado, que atingiu 52,9 milhões.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos demonstrou estabilidade trimestral, somando R$ 3.228, mas houve um ganho anual de 5,1%. A massa de rendimento real habitual registrou acréscimo de 1,7% no trimestre e de 8,3% no ano.
“É novamente uma dupla combinação entre mais pessoas empregadas e ganhando, na média, mais”, destacou o economista Maykon Douglas.
Os indicadores relevam uma melhoria generalizada do mercado de trabalho, mas “esse quadro de forte expansão dos salários tende a pressionar o balanço de riscos do Banco Central e é mais um fator a dificultar a convergência da inflação, o que deve contribuir para uma postura mais dura da autoridade monetária nas próximas reuniões”, pondera Rafael Perez, economista da Suno Research.
Por outro lado, a taxa de informalidade passou de 38,6% no trimestre encerrado em maio para 38,8%.