BRUXELAS (Reuters) - A dívida da zona do euro aumentou no ano passado, à medida que os governos tomaram empréstimos pesados para manter suas economias ativas durante os lockdowns na pandemia, com países já endividados aumentando o número da dívida, mostraram dados do escritório de estatísticas da União Europeia (UE).
O Eurostat informou que a dívida agregada do governo nos 19 países que fazem parte da zona do euro saltou de 1,24 trilhão de euros para 11,1 trilhões, ou de 83,9% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 para 98% no ano passado, enquanto o déficit passou de 0,6% para 7,2% do PIB.
A Grécia, que já luta com uma montanha de dívidas após a crise da dívida soberana, viu seus empréstimos aumentarem 25 pontos percentuais no ano passado, elevando suas dívidas para 341 bilhões de euros, ou 205,6% do PIB - a maior da Europa comparado com o tamanho da economia.
A Itália tinha a segunda maior relação dívida/PIB com 155,8%, um aumento de 21,2 pontos em relação a 2019, era o país mais endividado da Europa em termos absolutos com uma dívida de 2,57 trilhões de euros.
A Estônia, relativamente recém-chegada à moeda única, e a Bulgária - uma esperança do euro - estavam entre os melhores desempenhos, com uma relação dívida/PIB de apenas 18,2% para a Estônia e 25% para a Bulgária.
A Alemanha, maior economia da zona do euro, viu sua dívida aumentar 10 pontos percentuais, para 69,8% do PIB, e a segunda maior, a França, registrou um aumento de 18 pontos, para 115,7% do seu PIB.
As regras da UE, agora suspensas pela pandemia, estipulam que os governos devem se esforçar para não ter uma dívida pública superior a 60% do seu PIB.
(Por Jan Strupczewski)