BRASÍLIA (Reuters) - A dívida mobiliária federal interna subiu 3,81 por cento em junho frente a maio, maior alta desde março, atingindo 2,462 trilhões de reais, enquanto que a dívida total --incluindo também a dívida externa-- avançou 3,50 por cento no período, a 2,584 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional neste segunda-feira.
Na dívida interna, a emissão líquida de títulos ficou em 65,150 bilhões de reais, o maior nível desde março, quando o montante havia sido de 73,630 bilhões de reais. Em março, o estoque havia avançado 4,66 por cento.
Já a incorporação de juros em junho, informou o Tesouro, somou 25,22 bilhões de reais.
No mês passado, os títulos prefixados representaram 42,52 por cento do total da dívida, maior que os 41,92 por cento no mês anterior. A meta do governo para o ano é que fique entre 40 e 44 por cento.
Os papéis corrigidos pela inflação representaram 32,62 por cento da dívida, ante 32,85 por cento em maio. Para o fim do ano a meta é que fiquem entre 33 e 37 por cento.
Os dados apresentados pelo Tesouro mostram ainda que os investidores estrangeiros reduziram suas aplicações em títulos da dívida mobiliária interna a 20,04 por cento, frente a 20,80 por cento verificada no mês anterior.
A expansão da dívida ocorre em meio a forte aperto dos juros básicos para controle da inflação, economia fraca e redução das metas fiscais do governo.
(Por Luciana Otoni; Edição de Patrícia Duarte)