O dólar recua ante o real na manhã desta quarta-feira, 2. A moeda brasileira sobe mais no mercado à vista à medida que o mercado futuro já antecipou em parte na terça, dia 1º, a reação positiva dos investidores ao upgrade da nota de crédito do Brasil pela agência Moody's.
A agência de classificação de risco elevou a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, deixando o País apenas um degrau abaixo do chamado grau de investimento. A perspectiva para o rating brasileiro foi mantida em positiva. Em reação, os principais American Depositary Receipts (ADRs) de empresas brasileiras avançam em Nova York, com destaque para Petrobras (BVMF:PETR4), com alta de 1,49%, e Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4), com 2,61%.
No entanto, a criação de empregos no setor privado americano (ADP) veio acima do esperado, fortalece os juros dos Treasuries e a moeda americana frente pares rivais, inibindo a queda do dólar ante o real e seus pares latino-americanos.
O setor privado dos EUA criou 143 mil empregos em setembro, acima da previsão (+125 mil vagas). Os dados elevam expectativas por falas de quatro dirigentes do Federal Reserve ao longo desta quarta-feira e em especial pelo relatório do payroll, na sexta-feira, 4.
O novo salto do petróleo por incerteza geopolítica no Oriente Médio beneficia ainda as moedas de países exportadores do produto, como Brasil.
Os investidores olharam ainda os dados do setor de manufatura no Brasil, mas sem impacto perceptível na precificação dos ativos locais.
A produção industrial brasileira subiu 0,1% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, e ante agosto de 2023, avançou 2,2% - ambos resultados em linha com a mediana das projeções do mercado. No acumulado deste ano até agosto, a indústria teve uma alta de 3,0% frente o mesmo período de 2023. Em 12 meses, a produção acumula elevação de 2,4%.
Às 9h46 desta quarta, o dólar à vista perdia 0,72%, a R$ 5,4250. Na mínima intradia, mais cedo, desceu a R$ 5,4060 (-1,06%). O dólar para novembro cedia 0,11%, a R$ 5,4390, ante mínima a R$ 5,4220 (-0,42%).