FRANKFURT (Reuters) - O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, retirou-se nesta quinta-feira da disputa pela liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI), depois que uma revista alemã informou que a França estava fazendo forte pressão para que ele assumisse a posição.
Perguntado sobre o lobby dos franceses e se ele estaria disposto a se tornar o chefe do FMI, Draghi disse em uma coletiva de imprensa: "Não, acho que não. Estou muito honrado com isso, mas não estou disponível, então essa não é uma questão."
A revista WirtschaftschaftsWoche, da Alemanha, citou fontes diplomáticas dizendo que Paris estava fazendo lobby junto aos países-membros da União Europeia para nomear Draghi como chefe do FMI.
As regras do FMI exigem que os candidatos ao cargo de diretor-gerente tenham menos de 65 anos. Draghi tem 71 anos.
O mandato de Draghi como presidente do BCE vai terminar em 31 de outubro e a atual líder do FMI, Christine Lagarde, foi nomeada para sucedê-lo. Mais cedo nesta quinta-feira, o BCE disse que não tinha "objeções" a Lagarde se tornar sua nova presidente, dizendo que ela tem a experiência necessária para o cargo.
Lagarde disse em um comunicado este mês que sua renúncia ao cargo de chefe do FMI entrará em vigor em 12 de setembro. A busca em andamento agora é por seu sucessor, que provavelmente será outro europeu.