Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira que é preciso convencer o Banco Central de que não é possível ter a maior taxa de juros do mundo, em mais uma crítica do governo à conduta da política monetária.
"Temos que convencer o Banco Central de que não é possível ter o maior juro do mundo... É um negócio que não tem o menor cabimento", disse Alckmin no evento Prêmio Cidades Empreendedoras, da Enap.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano e não deu indícios de planejar cortá-la em breve, mesmo após repetidas críticas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao nível elevado dos custos dos empréstimos. A ata da reunião do Copom será divulgada na terça-feira.
O Brasil tem atualmente a maior taxa de juros em termos reais (corrigidos pela inflação) entre as principais economias do mundo, de acordo com ranking da Infinity Asset.
No evento desta segunda-feira, Alckmin disse ainda que a reforma tributária busca simplificar a cobrança de impostos e elevar a eficiência econômica, e tentou tranquilizar prefeitos ao afirmar que a reforma "não é tirar de um e dar para o outro", sinalizando que a arrecadação de municípios não será prejudicada.
(Por Luana Maria Benedito)