SÃO PAULO (Reuters) - A atividade econômica do Brasil fechou o segundo trimestre deste ano com queda de 0,53 por cento, ainda mostrando que o país estava em recessão, mas com o ritmo da contração perdendo força, mostrou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta sexta-feira.
O indicador, espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,23 por cento em junho sobre maio, segundo dados dessazonalizados, ante expectativa de expansão de 0,2 por cento em pesquisa Reuters.
O crescimento veio após queda de 0,44 por cento do IBC-Br em maio sobre abril, número revisado pelo BC sobre a queda de 0,51 por cento divulgada antes.
O país vive momento de fraqueza da economia em meio ao cenário marcado por forte deterioração no mercado de trabalho, com juros e inflação em patamares elevados.
O ritmo de contração trimestral diminuiu após a queda de 1,45 por cento no 1º trimestre em relação aos três últimos meses do ano passado.
No primeiro trimestre, o recuo do PIB foi de 0,3 por cento sobre o quarto trimestre de 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio melhor que o esperado, mas ainda marcando o quinto trimestre consecutivo no vermelho.
Em 12 meses até junho, o IBC-Br acumula queda de 5,67 por cento, segundo o BC, sempre em números dessazonalizados.
Para o ano, a expectativa mais recente de economistas ouvidos pela pesquisa Focus é de declínio de 3,23 por cento no PIB, número que vem melhorando nas últimas semanas.
O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.
O IBGE divulgará o PIB do segundo trimestre no dia 31 de agosto.
(Por Flavia Bohone)