Rio de Janeiro, 1 jun (EFE).- A economia brasileira cresceu 0,2% no primeiro trimestre do ano em relação ao quarto período de 2011, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Em comparação com o primeiro trimestre de 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou um crescimento de apenas 0,8%.
No entanto, segundo os dados do IBGE, o ritmo de expansão do PIB registrado nos três primeiros meses deste ano foi inferior ao de qualquer trimestre de 2011, sendo que a economia registrou um crescimento de 2,7% no último trimestre de 2011 em relação ao mesmo período de 2010.
Essa desaceleração situou o crescimento econômico dos últimos quatro trimestres em 1,9 %, mais de 4 pontos percentuais abaixo dos 6,3% registrados entre abril de 2010 e março de 2011.
O resultado mostra que o PIB neste primeiro trimestre manteve a tendência de desaceleração registrada em 2011.
A economia, que em 2010 cresceu 7,5%, se desacelerou até 2,7% em 2011 como consequência da crise econômica mundial, entre outros fatores.
O baixo crescimento do primeiro trimestre de 2012 é uma consequência da desaceleração da indústria, do retrocesso da agropecuária e da menor expansão do consumo das famílias.
Em comparação com o último trimestre de 2011, a produção agropecuária caiu 7,2 %, enquanto a indústria cresceu 1,7% e o setor de serviços cresceu 0,6%.
Comparado com o primeiro trimestre do último ano, a agropecuária retrocedeu 8,5 %, enquanto a indústria cresceu apenas 0,1% e os serviços 1,6%. A indústria continua sendo o setor mais afetado pela crise internacional, já que houve uma considerável queda na demanda de produtos brasileiros no exterior.
Amparado na redução do desemprego e da pobreza e também no aumento da renda e do crédito, o consumo interno - tido como o principal motor da economia nos últimos anos, que vinha crescendo em taxas de mais de 4% anual -, cresceu 1% em comparação com o último trimestre de 2011 e 2,5% em relação ao mesmo período de 2011.
Segundo o IBGE, em valores correntes, o PIB brasileiro no primeiro trimestre somou R$ 1,033 trilhões.
Os resultados apresentados colocam em dúvida a meta do Governo de crescer 4,5% neste ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já admitiu que a expansão será de 3,5 %, enquanto o mercado financeiro calcula um crescimento de 2,99%. EFE