⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

Economia brasileira piora no 4º tri e tem maior recessão da história

Publicado 07.03.2017, 10:18
Atualizado 07.03.2017, 10:20
© Reuters. Guindastes vistos à distância no porto de Santos

Por Rodrigo Viga Gaier e Patrícia Duarte

RIO DE JANEIRO/ SÃO PAULO , 7 Mar (Reuters)- A economia brasileira aprofundou a crise e encolheu mais do que o esperado no último trimestre de 2016, com forte retração dos investimentos, marcando a recessão mais longa do Brasil ao fechar o ano com queda de 3,6 por cento.

E, daqui para frente, especialistas apontam que a recuperação será gradual e fortemente dependente da aprovação de reformas estruturais, com grande destaque para a da Previdência, e da política de redução de juros.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encolheu 0,9 por cento no quarto trimestre sobre os três meses anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, oitavo trimestre seguido de perdas. No terceiro trimestre, com a mesma base de comparação, a queda havia sido de 0,7 por cento.

Sobre o quarto trimestre de 2015, o PIB despencou 2,5 por cento. Em 2015 todo, a economia havia caído 3,8 por cento, o que dá uma retração de 7,2 por cento nos dois anos.

Pesquisa da Reuters apontava que o Brasil teria queda de 0,6 por cento entre outubro e dezembro na comparação com o trimestre anterior e de 3,5 por cento em 2016 fechado.

Segundo o IBGE, de longe a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida de investimento, foi a que mais sofreu. Em 2016, marcou contração de 10,2 por cento e, no último trimestre, queda de 1,6 por cento sobre o período anterior. O consumo das famílias também foi bastante afetado, em meio ao desemprego cada vez maior, com contrações de 4,2 e 0,6 por cento, respectivamente.

A indústria também encolheu no ano passado (-3,8 por cento) e no quarto trimestre (-0,7 por cento), o mesmo comportamento do setor de serviços (-2,7 por cento e -0,8 por cento, respectivamente).

O setor agropecuário teve expansão de 1 por cento na comparação trimestral, segundo o IBGE, mas fechou o ano passado com forte retração de 6,6 por cento.

Apesar dos dados ruins, alguns indicadores econômicos têm mostrado que a atividade já começou a dar sinais de recuperação, ainda que de maneira tímida. Entre eles, estão a melhora da confiança dos agentes econômicos.

A perda de força da inflação também vai ajudar neste cenário, uma vez que o Banco Central já iniciou processo de redução dos juros básicos, em outubro passado, o que tende a baratear o crédito e estimular o consumo.

De lá para cá, o BC cortou a Selic a 12,25 por cento, ante 14,25 por cento, e as expectativas gerais são de que vai continuar nessa toada e levá-la ao patamar de 9 por cento ainda neste ano, o menor desde 2013.

"O resultado do PIB coloca um peso grande na agenda econômica, sobretudo a reforma da Previdência", afirmou o economista-chefe do banco J.Safra, Carlos Kawall.

© Reuters. Guindastes vistos à distância no porto de Santos

"O caminho está correto e temos um cenário de juros mais baixos", acrescentou ele, para quem o PIB deve ter crescimento zero neste ano, "ou um pouquinho acima disso", lembrando que o carregamento negativo de 2016 para 2017 é de 1,1 por cento.

A economia sentiu sobretudo o baque do desarranjo das contas públicas, o que levou a atual equipe econômica a adotar medidas ortodoxas, como limitar o crescimento do gasto público pelos próximos 20 anos.

A pesquisa Focus mais recente mostra que, pela mediana das projeções, a expectativa é de que o PIB cresça 0,49 por cento neste ano e 2,39 por cento em 2018.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.