Por Andy Bruce e William Schomberg
LONDRES (Reuters) - A economia britânica permaneceu abaixo de seu pico pré-pandemia, de acordo com dados publicados nesta sexta-feira que destacaram o desafio enfrentado pela nova primeira-ministra, Liz Truss.
A Agência Nacional de Estatísticas disse que a produção econômica subiu inesperadamente 0,2% entre abril e junho, em dado revisado para cima de uma leitura anterior de contração de 0,1%, o que significa que a economia britânica ainda não caiu em uma recessão.
Mas a agência revisou para baixo sua estimativa para a recuperação do Reino Unido da pandemia de Covid-19, refletindo um impacto maior na economia do que se pensava em 2020, quando lockdowns sanitários fecharam empresas em todo o país.
Segundo a agência, o Produto Interno Bruto no segundo trimestre permaneceu 0,2% abaixo de onde estava no final de 2019, um corte em relação à sua estimativa anterior de 0,6%.
"Apesar das notícias melhores sobre o desempenho da economia no segundo trimestre, o quadro geral é de que ela está em pior forma do que pensávamos anteriormente", disse Paul Dales, economista da Capital Economics.
"E isso antes que se tenha sentido o peso total do aumento da inflação e do salto nos custos dos empréstimos."
O novo ministro das Finanças britânico, Kwasi Kwarteng, publicou na semana passada um plano econômico que, segundo ele, estimulará o crescimento através da redução de impostos.
Mas os investidores responderam vendendo a libra e os títulos do governo britânico.