SANTIAGO (Reuters) - O Chile, maior produtor mundial de cobre, irá se beneficiar da forte recuperação global dos preços do metal, o que levará a economia a apresentar uma expansão maior do que inicialmente projetada, estimou o governo nesta terça-feira.
Em apresentação do relatório de Finanças Públicas a uma comissão do Senado, o governo projetou que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 6% neste ano, ante estimativa anterior de 5%.
O ministro da Fazenda, Rodrigo Cerda, disse em sua apresentação que entre os fatores que também contribuirão para um melhor desempenho está a expectativa de recuperação mais rápida da economia mundial e de maiores investimentos.
"Esses 6% para o ano de 2021 estão na parte inferior da faixa do banco central, mas isso nos permite uma atualização gradativa à medida que tivermos melhores notícias", explicou a autoridade.
A projeção está no extremo inferior do intervalo de expansão projetado em março pelo banco central, entre 6% e 7%.
A regra fiscal do Chile prevê que as receitas extraordinárias com aumentos no preço do cobre sejam destinadas à poupança soberana do país para uso em tempos de crise.
"O que decidimos este ano é que vamos usar essa receita e vamos financiar despesas maiores", acrescentou.
Já a inflação fecharia em 3,4% - em linha com o banco central - e acima da estimativa anterior de 3,0%.
A demanda doméstica cresceria 10,7% neste ano, enquanto o preço do cobre - maior produto de exportação do país - ficaria em média a 3,99 dólares por libra.
Além disso, projeta-se para 2021 um déficit fiscal efetivo de 3,8% do PIB, enquanto o déficit estrutural atingirá 6%.
(Por Fabián Andrés Cambero)