Pequim, 19 out (EFE).- A economia da China cresceu 6,7% no terceiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, sem mudanças respeito aos dois primeiros trimestres, informou nesta quarta-feira o Escritório Nacional de Estatísticas.
O gigante asiático, dono da segunda economia mundial, expandiu 6,7% no acumulado de janeiro a setembro e, só no terceiro trimestre, cresceu 1,8% com relação ao segundo, o mesmo valor registrado no período abril-junho.
A força do consumo foi o maior motor econômico da China, uma vez que contribuíram 71% em seu crescimento nos três primeiros trimestres, 13 pontos percentuais a mais que o ano anterior.
"O rendimento geral foi melhor do que o esperado", afirmou o porta-voz do Escritório Nacional de Estatísticas, Shen Laiyun, em entrevista coletiva.
"O desenvolvimento econômico está ainda em um período crítico de transformação e atualização, com velhos motores de crescimento que serão substituídos por novos", explicou o porta-voz oficial.
Por setores, o de maior crescimento foi o de serviços, com um aumento de 7,6% adicionados nos três primeiros trimestres, como no primeiro semestre.
A indústria aumentou 6,1% no ano até setembro, também sem mudanças frente aos dois primeiros trimestres, e o setor primário acelerou seu crescimento até 3,5%, quatro décimos mais que entre janeiro e junho.
Shen advertiu que China enfrenta fatores de "instabilidade e incerteza" tanto internamente como externamente e que as bases de sua economia "não são suficientemente sólidas".
Os excessos de capacidade produtiva, a dívida corporativa ou a queda do investimento privado ameaçam o crescimento da economia chinesa, apontou Shen, acrescentando, no entanto, que as medidas tomadas pelo governo estão dando "bons resultados".
O investimento em ativos fixos da China aumentou seu ritmo de crescimento em setembro para 9% em comparação com o mesmo mês do ano passado, oito décimos a mais que em agosto e mais do duplo que em julho, segundo dados também divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas.
Esse aumento foi novamente no apoio do setor público e, assim, nos primeiros nove meses do ano, o investimento acumula um crescimento acumulado de 8,2%, com um aumento de 21,1% em relação ao setor público e de 2,5% do privado.