PEQUIM (Reuters) - A economia da China esteve menos saudável no terceiro trimestre do que uma recente onda de dados otimistas sugere, com o crescimento vindo exclusivamente da indústria e do setor imobiliário enquanto os setores de serviços e varejo vacilaram, mostrou uma pesquisa privada do China Beige Book International (CBB).
A indústria teve a expansão mais rápida em nível nacional, com 53 por cento das empresas tendo ganhos de receita, um aumento de 3 por cento ante o ano anterior, de acordo com a pesquisa trimestral com mais de 3.100 empresas.
Enquanto as construções do governo em infraestrutura e o boom imobiliário deram um impulso muito necessário para as empresas da "velha economia", de siderúrgicas até fabricantes de cimento, a pesquisa observou que as encomendas estrangeiras também melhoraram.
Mas os setores da "nova economia" --serviços, transporte e varejo-- mostraram fraqueza tanto na comparação trimestral quanto na anual, com deterioração no fluxo de recursos e lucros, deixando o país em desigualdade.
Os serviços desaceleraram e as empresas de varejo tiveram um dos seus desempenhos mais fracos na história da pesquisa, com as empresas de e-commerce engolindo uma parcela maior do mercado.
Esses dados se contrapõe aos dados oficiais de agosto, que tinham aumentado as esperanças de que a economia estava se estabilizando ou talvez até acelerando. Segundo os dados oficiais, a produção industrial, as vendas no varejo e o investimento imobiliário aceleraram mais do que esperado, enquanto os lucros industriais cresceram no ritmo mais forte em três anos.
(Por Sue-Lin Wong)