Por Michael Nienaber
BERLIM (Reuters) - A economia da Alemanha cresceu 0,4 por cento no último trimestre de 2016 uma vez que os elevados gastos estatais e alta do consumo privado e da construção mais do que compensaram o peso do comércio exterior.
O dado de crescimento para os últimos três meses de 2016 foi ligeiramente mais fraco do que a expectativa em pesquisa da Reuters de 0,5 por cento. Ainda assim, marcou uma forte recuperação depois que a economia alemã praticamente não expandiu em meados do ano.
A taxa de crescimento geral para 2016 foi confirmada em 1,9 por cento, a mais forte em cinco anos.
"O quarto trimestre não foi tão forte quanto a maioria dos economistas esperava, mas as pesquisas de confiança avançaram com força nos últimos meses e as encomendas também apontam alta", disse o analista do Commerzbank Joerg Kraemer.
"Portanto o crescimento pode acelerar ligeiramente no primeiro trimestre de 2017", disse Kramer, acrescentando que o consumo privado continuará a sustentar o crescimento geral devido ao emprego recorde, salários altos e taxa de juros baixas.
A taxa trimestral de crescimento do PIB para o terceiro trimestre foi revisada para 0,1 por cento de 0,2 por cento, enquanto que a do segundo trimestre passou a 0,5 por cento de 0,4 por cento, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira.
Na comparação anual, a economia alemã cresceu 1,2 por cento no quarto trimestre.
O avanço da Alemanha liderado pelo consumo deve continuar em 2017, embora uma alta forte da inflação signifique que os consumidores terão menos dinheiro para gastar do que em anos anteriores.
Para 2017, o governo alemão projeta uma expansão mais fraca de 1,4 por cento devido ao menor número de dias úteis e a exportações mais fracas.
Os preços ao consumidor harmonizados para comparação com outros países europeus subiram 1,9 por cento em janeiro na base anual, mostraram dados separados divulgados nesta terça-feira.
Esse foi o nível mais alto para a inflação anual desde julho de 2013.
Na base não harmonizada, a inflação ao consumidor em janeiro também foi confirmada em 1,9 por cento sobre o ano anterior.