(Reuters) - A economia do México cresceu 0,9% no terceiro trimestre em relação ao período de três meses anterior, informou a agência nacional de estatísticas Inegi nesta sexta-feira, impulsionada principalmente pelo setor primário e apesar de um ciclo de aperto monetário agressivo em andamento.
O crescimento trimestral, o terceiro consecutivo no México, ficou ligeiramente abaixo das expectativas dos economistas, que previram avanço de 1,0% em pesquisa da Reuters, o mesmo nível mostrado por dados preliminares publicados pelo Inegi no final do mês passado.
Repetindo a tendência do trimestre anterior, a segunda maior economia da América Latina apresentou crescimento generalizado no período, com os setores primário, secundário e terciário crescendo 2%, 0,6% e 1,1%, respectivamente.
A expansão econômica ocorre mesmo quando o Banco do México segue um ciclo de aperto monetário agressivo para conter a inflação alta, o que levou os juros a uma máxima de 10% este ano.
Condições monetárias mais apertadas, no entanto, devem desacelerar o crescimento do PIB do México à frente, e o presidente Andrés Manuel Lopez Obrador pediu recentemente ao banco central que equilibre o combate à inflação com a necessidade de proteger o crescimento econômico.
No início deste mês, a Fitch Ratings disse esperar que o Produto Interno Bruto do México cresça 2,5% em termos reais em 2022 e 1,4% no próximo ano, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma expansão de 2,1% este ano e 1,2% em 2023.
Em termos anuais, informou a Inegi, a economia do país cresceu 4,3% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2021, superando as expectativas de crescimento de 4,1% dos economistas consultados pela Reuters.
Separadamente, dados mostraram nesta sexta-feira que a atividade econômica do México cresceu 0,7% em setembro em relação a agosto e 5,2% em relação a setembro de 2021, ambos também acima das projeções do mercado.
(Reportagem de Gabriel Araujo)