MADRI (Reuters) - A economia espanhola cresceu no segundo trimestre à taxa mais rápida desde 2007, e mais crescimento é esperado à frente, ainda que esse ritmo de recuperação possa sinalizar que os efeitos de suporte do dinheiro barato e da baixa inflação começam a se esgotar.
Desde que a Espanha emergiu da prolongada recessão em meados de 2013, o crescimento econômico tem sido guiado por um aumento estável do gasto dos consumidores apoiado por preços competitivos, número recorde de turistas e uma queda gradual na taxa estratosférica de desemprego.
"Estamos começando a ver a luz no fim do túnel," disse o ministro da Economia, Luis de Guindos, à rádio Onda Cero depois de divulgado crescimento trimestral de 1 por cento. "Agora estamos aptos a voltar aos níveis de renda de antes da crise."
O Fundo Monetário Internacional espera que a economia espanhola cresça 3,1 por cento este ano, a maior taxa da zona do euro.
O governo de centro-direita está apostando na recuperação para impulsionar suas chances de reeleição no pleito marcado para o fim do ano. Mas eles ainda encaram o maior desafio de convencer os eleitores de que a reviravolta está beneficiando a todos.
A Espanha ainda tem mais de 5 milhões de desempregados, ou 22,4 por cento da sua população ativa, uma proporção maior do que em qualquer outro país da zona do euro, exceto a Grécia. Os altos níveis da dívida pública e das empresas também estão limitando o renascimento do investimento que, se sustentado, poderia garantir uma recuperação mais equilibrada.
(Por Sarah White e Julien Toyer)