Investing.com - Preços do petróleo passaram a cair após uma breve recuperação nesta quinta-feira e passaram a ser negociados em mínima de mais de três semanas após fortes dados norte-americanos impulsionarem a demanda pela moeda do país enquanto preocupações quanto à produção dos EUA continuavam a pesar.
O contrato com vencimento em setembro do petróleo bruto West Texas Intermediate estava cotado a US$46,61 o barril às 10h00 (horário de Brasília), queda de US$ 0,19 ou de cerca de 0,41% e seu menor nível desde 25 de julho.
No outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em outubro na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres recuavam US$ 0,15, ou cerca de 0,3%, e o barril era negociado a US$ 50,12, não muito distante da mínima de US$ 50,02, mínima de três semanas registrada na terça-feira.
O dólar norte-americano tinha grande sustentação após dados mostrarem que o número de pessoas que solicitou assistência ao desemprego nos EUA caiu mais do que o esperado na semana passada.
Outro relatório mostrou que a atividade industrial na região de Filadélfia caiu menos do que o esperado este mês.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, tinha alta de 0,50% chegando a 93,87, não muito distante de 94,06, máxima de três semanas atingida na sessão anterior.
O petróleo encerrou a quarta-feira com queda de mais de 1% após dados do governo dos EUA revelarem aumento na produção doméstica desta semana para o maior nível em mais de dois anos.
Dados da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) mostraram que a produção doméstica de petróleo bruto teve aumento de 79.000 barris por dia e chegou a 9,5 milhões de barris por dia na semana passada, o nível mais alto desde julho de 2015.
Conforme números da EIA, os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 8,9 milhões de barris na sétima semana seguida de redução.
Preços do petróleo estão sob pressão nas últimas semanas devido a preocupações com a crescente produção de shale oil nos EUA, que pode neutralizar os cortes na produção de membros da OPEP e países externos à organização.
A OPEP e outros 10 produtores externos ao cartel, incluindo a Rússia, chegaram a um acordo desde o início do ano para cortar 1,8 milhão de barris por dia da oferta até março de 2018 para reduzir a sobreoferta global e reequilibrar o mercado.
No entanto, até o momento, esse acordo teve pouco impacto nos níveis dos estoques globais devido ao aumento da oferta de produtores que não participam do acordo, como a Líbia e a Nigéria, e ao aumento incessante na produção de shale oil nos EUA.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em setembro recuavam US$ 0,002, ou 1,34%, chegando a custar US$ 1,543 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em setembro perdiam US$ 0,009 e eram negociados por US$ 1,555 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em setembro recuavam 0,03% para US$ 2,888 por milhão de unidades térmicas britânicas, já que investidores aguardam os dados semanais dos estoques, previsto para o final do dia.