Washington, 18 out (EFE).- O índice de preços ao consumidor (IPC) nos Estados Unidos aumentou 0,3% em setembro, em linha com as expectativas, e a inflação anualizada ficou em 1,5%, informou nesta terça-feira o Departamento de Trabalho americano.
Assim, a inflação acumulada nos últimos 12 meses se situou em setembro quatro décimos acima do dado anterior (1,1%).
Além disso, o índice anualizado de 1,5% de inflação é o maior desde outubro de 2014.
Sem levar em conta os preços dos alimentos e a energia, que são os mais voláteis, o IPC subjacente registrou no mês passado um aumento de 0,1%, menos do que antecipavam os analistas, e o dado anualizado ficou em 2,2%, contra os 2,3% registrados em agosto, segundo o relatório do governo.
O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) assumiu explicitamente uma meta de inflação anual de 2% em 2012.
Devido à baixa inflação nos EUA e ao fraco crescimento econômico nos âmbitos doméstico e global, o Fed está imerso em um debate interno sobre se deve continuar ou não com o ajuste monetário iniciado em dezembro com o primeiro aumento das taxas de juros de referência em quase uma década.
As atas da última reunião de política monetária do Fed, divulgadas na semana passada, mostraram que vários integrantes do banco central "julgaram que poderia ser apropriado" um aumento das taxas de juros "relativamente em breve" se o curso econômico atual se mantiver sem mudanças.
No entanto, "outros preferiram esperar para contar com mais evidências" de que a inflação está se movimentando para a meta anual de 2%.
A próxima reunião de política monetária do Fed está prevista para os dias 1º e 2 de novembro, uma semana antes das eleições presidenciais nos EUA, e os mercados acreditam que a entidade vai esperar até dezembro, seu último encontro do ano, para decidir pelo aumento dos juros.