Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - A economia dos EUA criou 431 mil empregos não-agrícolas em março, segundo informou o relatório de empregos não-agrícolas - Payroll - do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira. O número veio abaixo do esperado, projetado na criação de 490 mil vagas.
Os dados também mostraram uma grande desaceleração em relação aos números de fevereiro, que foram revisados de 680 mil para 750 mil vagas.
Apesar da queda no número de criação de novos postos de trabalho, a taxa de desemprego e o salário médio trouxeram resultados melhores do que os estimados.
A taxa de desemprego ficou em 3,6% da força de trabalho, abaixo dos 3,8% do mês anterior e dos 3,7% esperados pelos analistas.
Já o salário médio por hora no mês passado teve uma alta anual de 5,6%, um pouco acima da projeção de 5,5% do mercado e dos 5,2% revisados de janeiro.
Após a divulgação dos números do Payroll, os futuros dos índices americanos aceleraram um pouco as altas apresentadas durante a manhã. Às 09h39, os futuros da Nasdaq 100 subiam 0,56%, enquanto os da S&P 500 e da Dow Jones avançavam 0,49% e 0,50%, respectivamente.
Já no Brasil, o dólar aprofundou as suas perdas, para uma queda de 1,0%, a R$ 4,6914, a mínima dos últimos dois anos. Enquanto isso, o Ibovespa Futuros subia 0,75%.
Os dados do payroll eram aguardados pelos investidores devido à postura futura do Federal Reserve (Fed) na política monetária. As apostas de uma alta de 0,50 ponto percentual da taxa de juros na próxima reunião do Fomc, em 4 de maio, subiu de 67,2% para 71,6% após a divulgação do payroll, de acordo com o Monitor da Taxa de Juros do Federal Reserve do Investing.com. Dessa forma, as taxas sairiam do intervalo de 0,25%-0,5% para 0,75%-1%.