Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - Os empregadores privados dos Estados Unidos impulsionaram as contratações em agosto, sugerindo que a economia continuou a crescer em um ritmo moderado, apesar das tensões comerciais que alimentam temores no mercado financeiro de recessão.
A resiliência do mercado de trabalho foi ressaltada por outros dados divulgados nesta quinta-feira, que mostraram um pequeno aumento no número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego na semana passada.
A guerra comercial ntre os Estados Unidos e a China --que já dura um ano-- está pesando no investimento empresarial e no setor manufatureiro dos EUA, colocando em risco a maior expansão econômica da história do país.
A força do mercado de trabalho está apoiando a economia, agora em seu 11º ano de crescimento, por meio de fortes gastos do consumidor.
Os dados da ADP mostraram geração líquida de empregos no setor privado num total de 195 mil em agosto, ante 142 mil em julho. O relatório da ADP, desenvolvido em conjunto com a Moody's Analytics, foi divulgado antes da divulgação do relatório de emprego mais abrangente ("payroll"), a ser divulgado pelo governo na sexta-feira.
O ritmo de ganhos no emprego permanece bem acima das cerca de 100 mil novas vagas de trabalho necessárias por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa. Espera-se que a taxa de desemprego tenha se mantido em 3,7% em agosto pelo terceiro mês consecutivo.
Em um relatório separado nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho disse que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA aumentaram 1 mil, para 217 mil em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 31 de agosto.
Economistas consultados pela Reuters previam que os pedidos de seguro-desemprego permaneceriam estáveis em 215 mil.