Washington, 11 out (EFE).- Estados Unidos e China chegaram nesta sexta-feira a um acordo parcial classificado pelo presidente americano, Donald Trump, como "significativo" para uma trégua na guerra comercial entre os dois países.
Em virtude do pacto, os Estados Unidos suspenderam o plano de aumentar de 25% para 30% as tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos da China. Por sua vez, o país asiático se comprometeu a adquirir de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões em produtos agrícolas americanos, segundo a Casa Branca.
"Conseguimos um acordo significativo de primeira fase (...) mas ainda não está redigido", disse Trump a jornalistas durante uma reunião no Salão Oval com o vice primeiro-ministro chinês, Liu He.
O pacto será colocado no papel ao longo das próximas quatro semanas, e o objetivo é que Trump e o presidente da China, Xi Jinping, o assinem durante a cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) que será realizada em Santiago, no Chile, nos dias 16 e 17 de novembro.
"Estaremos no Chile, e terei uma (cerimônia de) assinatura formal com o presidente Xi", afirmou Trump, que até agora não tinha confirmado se iria à cúpula.
Trump disse que nos últimos meses houve muito "atrito" entre Estados Unidos e China, que agora, segundo ele, vivem um "festival do amor".
"Este é um acordo tão grande que o estamos fazendo por seções", declarou Trump, ressaltando que agora os dois países se dedicarão a negociar uma "segunda fase" e do acordo e não descartou que haja uma terceira.
O presidente americano explicou que o pacto inclui algumas medidas relacionadas à desvalorização da moeda chinesa e temas de propriedade intelectual, embora não aborde a transferência forçada de tecnologia na China, um tema que será discutido "na segunda fase".
O acordo também não resolve o tema dos vetos a exportações que afeta a Huawei, que está sendo negociado em um processo paralelo, disse a jornalistas o representante de Comércio Exterior dos EUA, Robert Lighthizer.
Trump também afirmou que conversou com Liu sobre as recentes manifestações populares em Hong Kong, mas que acredita que esse tema acabará se resolvendo por si só.