Washington, 28 fev (EFE).- A economia dos Estados Unidos cresceu a um ritmo anual de 2,5% no quarto trimestre de 2017, um décimo abaixo dos 2,6% calculados anteriormente, o que deixa o crescimento em todo o ano passado em 2,3%, informou nesta quarta-feira o governo.
O dado divulgado hoje pelo Departamento de Comércio em seu segundo cálculo do quarto trimestre de 2017 coincidiu com as estimativas dos analistas, que também tinham antecipado um crescimento de 2,5% entre outubro dezembro, menor que os 3,2% registrados no terceiro trimestre.
Em comparação com o mesmo período do ano anterior, este indicador macroeconômico melhorou substancialmente, já que no último trimestre de 2016 o PIB americano registrou crescimento de 1,8%.
O relatório do Departamento de Comércio destacou que o dado responde ao grande aumento nos gastos dos consumidores, que subiu 2,58% e representa mais de dois terços da atividade econômica americana, e ao bom momento de investimentos no setor empresarial.
O Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca apresentou há uma semana um relatório no qual projetou um crescimento anual do PIB de 3,1% para 2018 e números superiores a três pontos percentuais até o fim do mandato do presidente Donald Trump em 2020.
Esta pauta coincide com a promessa que o magnata fez ao chegar à presidência. Trump disse que a taxa anual do PIB dos EUA cresceria mais de 3% durante o seu mandato, algo que seria alavancado por um ambicioso plano que representa a maior reforma tributária do país em várias décadas e apresenta um corte considerável nos impostos às empresas e, em menor medida, a muitos americanos.
"A reforma tributária já está dando resultados: estão beneficiando os trabalhadores e negócios dos americanos, dando lucro a longo prazo e colocando os EUA no caminho para uma grande prosperidade econômica", assinalaram os assessores de Trump nesse documento, publicado em 21 de fevereiro.
Trump considera que o crescimento do PIB poderia chegar a 4% por ano graças a esse programa, uma meta que muitos analistas afirmam ser exagerada, dado o envelhecimento da população e os poucos avanços em produtividade nos últimos anos.
Os especialistas reconhecem o impulso que a reforma tributária dará à economia americana, mas entendem que o crescimento será mais modesto do que o previsto por Trump.
Na última atualização de suas "Perspectivas Econômicas Globais", apresentada em janeiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou o crescimento estimado para os EUA para 2,7% este ano e 2,5% no próximo, impulsionado pelos cortes de impostos.
A melhoria econômica consistente nos EUA, cuja taxa de desemprego está em 4,1%, o nível mais baixo dos últimos 18 anos, levou o Federal Reserve (Fed, banco central) a elevar as taxas de juros em três ocasiões em 2017, a última em dezembro, quando os juros ficaram na categoria de entre 1,25% e 1,5%.
O novo presidente do Fed, Jerome Powell, abriu nesta terça-feira a possibilidade de que o banco central realize até quatro ajustes monetários adicionais ao longo deste ano.