Por Jonathan Cable
LONDRES (Reuters) - A atividade empresarial da zona do euro expandiu a um ritmo ligeiramente mais fraco do que o esperado em setembro, com as empresas cortando os preços pelo 30º mês seguido, mostrou nesta terça-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
Os dados vão desanimar o Banco Central Europeu (BCE), que está lutando para impulsionar o crescimento e reanimar a inflação, que está bem abaixo de sua meta.
O PMI Composto preliminar do Markit, com base em pesquisas junto a milhares de empresas em toda a região e visto como um bom indicador de crescimento, caiu para mínima de nove meses de 52,3, aquém das expectativas em pesquisa da Reuters de manutenção do nível de agosto, de 52,5.
O índice permanece acima de 50,marca que separa crescimento de contração, desde julho de 2013, embora o Markit tenha informado que a última pesquisa indica crescimento econômico no terceiro trimestre de apenas 0,3 por cento.
"O BCE ficará decepcionado. Ele tem uma grande batalha em suas mãos e talvez o que a pesquisa esteja dizendo é que o que fizeram até agora não será suficiente", disse o economista-chefe do Markit, Chris Williamson.
A inflação ao consumidor nos 18 país que compartilham o euro avançou para apenas 0,4 por cento na base anual em agosto, contra 0,3 por cento em julho mas ainda bem abaixo da meta do BCE de pouco menos de 2 por cento.
De acordo com o PMI, as empresas cortaram os preços novamente neste mês, embora não com tanta força como em agosto. O índice de preços de produção subiu para 49,2, ante 48,9, mas completou agora dois anos e meio abaixo da marca de 50.
O PMI preliminar de indústria para a zona do euro caiu para 50,5, em linha com as expectativas mas abaixo dos 50,7 de agosto. O indicador de serviços também recuou, para 52,8, contra 53,1 em agosto.