Por Howard Schneider
WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados tem registrado uma série de boas notícias nos últimos meses, com os ganhos de empregos acelerando conforme as empresas reabrem e projeções de que 2021 terá o crescimento mais forte do PIB em décadas.
Mas o Federal Reserve não tem mostrado nenhum sinal de que já houve avanço suficiente para diminuir o suporte à economia que adotou no início da pandemia, incluindo a promessa de manter a taxa básica de juros perto de zero por anos à frente e de continuar comprando 120 bilhões de dólares em títulos do governo e ativos lastreados em hipotecas por mês.
A taxa de desemprego nos EUA caiu a 6% em março, mas isso ainda é 2,5 pontos percentuais acima do nível de pouco antes da pandemia; o país ainda tem cerca de 8,5 milhões a menos de empregos; a taxa de desemprego para negros, a taxa de participação na força de trabalho para mulheres e outros fatores que o Fed observa ainda permanecem elevados.
Finalmente, ainda não há sinais de que a inflação caminha para uma alta persistente ou está estabelecida de forma durável na meta flexível de 2% do Fed.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do banco central dos EUA vai encerrar sua reunião nesta quarta-feira.
A expectativa é de que o comunicado de política monetária, a ser divulgado às 15h (horário de Brasília), siga o molde estabelecido em dezembro, quando o Fed disse que não mudaria a política monetária até que haja "mais progresso substancial" para o cumprimento das metas de pleno emprego e inflação de 2%.