WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve, banco central norte-americano, deve manter a taxa de juros nesta quarta-feira em meio a uma inflação fraca e a recentes dados econômicos fracos, mas pode sinalizar uma elevada probabilidade de alta até o final do ano.
O Fed elevou a taxa de juros referencial para uma faixa de 0,25 por cento a 0,50 por cento em dezembro, primeira alta em quase uma década, mas desde então não fez mais alterações.
Economistas consultados pela Reuters vêem uma pequena chance de alta na conclusão da reunião de dois dias do Fed nesta quarta-feira, com a maioria esperando a elevação dos juros na reunião de dezembro.
"A última coisa que o Fed quer é perturbar os mercados financeiros com uma grande surpresa", disse o economista-chefe do Deutsche Bank, Torsten Slok.
O Banco do Japão adotou nesta quarta-feira uma meta para a taxa de juros de longo prazo, em uma reformulação da sua estrutura de política monetária destinada a acelerar o cumprimento de sua meta de inflação de 2 por cento.
O Banco do Japão disse que vai continuar a comprar títulos do governo de longo prazo, mas abandonou a meta de base monetária e em vez disso determinou um "controle da curva de rendimento", segundo o qual comprará títulos governamentais de longo prazo para manter os rendimentos dos bônus de 10 anos em torno dos níveis atuais de zero por cento.
O comitê que estabelece os juros no Fed vai divulgar seu comunicado às 15:00 (horário de Brasília). A chair do Fed, Janet Yellen, dará entrevista à imprensa meia hora mais tarde.
As 17 autoridades do Fed terão que contrapor um mercado de trabalho forte, marcado por uma taxa de desemprego de 4,9 por cento e ganhos de emprego que estão ultrapassando o crescimento da população, com a inflação que ainda está bem abaixo da meta de 2 por cento do banco central e leituras fracas em agosto para a atividade da indústria e de serviços.
(Por Lindsay Dunsmuir)