Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - O Fundo Monetário Internacional alertou que a implementação de reformas fiscais no Brasil no médio prazo é essencial para mitigar os riscos com a dívida pública, mas que as autoridades do país devem estar preparadas para injetar mais estímulos na economia caso as condições piorem significativamente.
No relatório anual sobre a economia brasileira publicado nesta quarta-feira (2), os diretores reforçaram que reformas estruturais levantariam o potencial de crescimento do país e melhorariam a qualidade de vida da população, destacando a necessidade de uma reforma tributária, de mais velocidade em novas concessões e privatizações e na finalização de tratados comerciais.
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Os diretores do órgão recomendam ainda que o Brasil foque na redução de despesas públicas obrigatórias, no fortalecimento dos programas de benefício social e em reformas fiscais para afastar o risco de um ciclo insustentável da dívida.
Os diretores esperam que a política monetária continue expansionista em 2021 por conta do fim dos estímulos fiscais, com alguns apontando que haveria espaço para relaxar ainda mais a taxa básica de juros caso a inflação e as expectativas de inflação do país permaneçam abaixo da meta.
Neste contexto, apontam que o regime de câmbio flutuante e as consideráveis reservas internacionais do Brasil são pontos importantes para absorver possíveis choques futuros e que a intervenção do Banco Central no câmbio deve se limitar a reduzir o excesso de volatilidade.