O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou levemente para cima sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global neste ano, de 3,1% a 3,2%, em seu mais recente relatório Perspectivas da Economia Mundial, publicado nesta terça-feira, 16. Para 2025, ele manteve a previsão de avanço também de 3,2%, como constava na projeção anterior deste relatório, de janeiro.
No caso dos Estados Unidos, o Fundo elevou sua expectativa de alta do PIB neste ano de modo mais robusto, de 2,1% a 2,7%. Para 2025, mudou a projeção de avanço da economia americana de 1,7% a 1,9%.
Já para a zona do euro houve revisão em baixa, de alta de 0,9% em janeiro para avanço de 0,8% neste ano, na projeção mais recente, e previsão de crescimento de 1,5% em 2025 (de 1,7% anteriormente).
Apenas na Alemanha, o FMI espera agora avanços de apenas 0,2% no PIB neste ano e de 1,3% em 2025, cortes de 0,3 ponto porcentual nos dois casos.
Para o Reino Unido, espera alta de 0,5% em 2024 e de 1,5% em 2025, reduções de 0,1 ponto porcentual nos dois anos.
Já no caso da China, o Fundo manteve suas expectativas de crescimento de 4,6% neste ano e de 4,1% no próximo. Para a Índia, ele espera agora avanço de 6,8% no PIB deste ano (alta de 0,3 ponto porcentual ante a expectativa de janeiro) e de 6,5% no próximo, neste caso com manutenção do número anterior.
Em relação à economia da Rússia, o FMI revisou em alta sua projeção para este ano, de 2,8% a 3,1%, e também a de 2025, de 2,5% a 2,8% neste caso.
Riscos mais equilibrados
O FMI afirma em seu relatório que os riscos à perspectiva global "têm diminuído desde outubro de 2023", o que leva a um cenário mais equilibrado entre os possíveis resultados em relação à projeção do cenário-base para o crescimento global.
Com as pressões inflacionárias caindo mais rápido que o esperado em muitos países, há espaço para surpresas favoráveis, mas também existem riscos que podem se materializar, adverte.
Entre os riscos de baixa, o FMI menciona a possibilidade de novos saltos em preços de commodities globais, em meio a conflitos regionais; a inflação persistente e estresses financeiros; uma perda de impulso na recuperação da China; um ajuste fiscal excessivo e estresses nas dívidas; e desconfiança sobre o impulso de governos em realizar reformas.
Já como fatores que podem ajudar a permitir um maior crescimento, ele cita impulso fiscal de curto prazo no contexto de eleições; surpresas para cima do lado da oferta, que permitiriam relaxamento monetário mais rápido; impulsos à produtividade pela inteligência artificial; e maior impulso em reformas estruturais.