Washington, 21 jan (EFE).- O diretor do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner, expressou nesta quarta-feira sua "inquietação" sobre o desenvolvimento da economia latino-americana, para a qual rebaixou sua previsão de crescimento regional a 1,3% em 2015, nove décimos a menos que em outubro.
Além disso, Werner reduziu as previsões de 2016 a 2,3% , cinco décimos a menos, com uma projeção de contração para Venezuela e Argentina e de uma expansão no Brasil de apenas 0,3% para este ano.
"Hoje o que se sente em grande parte da América Latina e do Caribe é inquietação", disse Werner em entrevista coletiva na sede do organismo em Washington, ao referir-se especialmente à queda dos preços do petróleo e outras matérias-primas.
O funcionário do FMI também apontou "o desafiante contexto externo", como a fraqueza econômica na zona do euro, China e Japão que está afetando à atividade mundial, como um fator que "representa um grande empecilho para muitos países".
No Brasil, o Fundo reconhece a "anêmica" atividade econômica e a "frágil confiança" do setor privado, mas deu as boas-vindas ao compromisso do governo de Dilma Rousseff de "conter o déficit fiscal e reduzir a inflação" como um elemento que "deveria ajudar a escorar a confiança no marco da política macroeconômica".
Se a situação na América do Sul é mais complexa, no norte do continente as perspectivas são mais favoráveis. Para o México, o FMI prevê um crescimento de 3,2% este ano, a partir do 2,1% em 2014, o que representa três décimos a menos que em outubro.
Como explicação dessa circunstância, Werner mencionou a fraqueza da demanda interna, algo que "neutraliza" os efeitos positivos da consolidação da recuperação nos Estados Unidos, mas assinalou que a expansão econômica continua sendo "sólida" no México.