Por Gabriel Codas
Investing.com - Os analistas do mercado reduziram novamente as estimativa do IPCA e do crescimento econômico do país em 2020, além de manter a estimativa de que a Selic deve fechar o ano em 4,25%, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (02).
As novas projeções apontam para a inflação oficial de 2020 recuando de 3,20% para 3,19%, retração pela nona semana consecutiva, sendo que há quatro semanas a aposta era de 3,35%. A aposta para o fechamento do ano-calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Já para 2021, os analistas mantiveram as projeções do IPCA das últimas 64 semanas, estimando uma alta de 3,75%, no centro da meta estabelecida para o ano que vem.
Além disso, os economistas ouvidos pelo BC voltaram a reduziram levemente as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2020, seguindo a tendência de revisão para baixo realizada por instituições financeiras. O levantamento realizado pela autoridade monetária aponta redução na estimativa de alta do PIB de 2,20% para 2,17%. Há quatro semanas, a estimativa era que o PIB tivesse avanço de 2,30%. Para 2021, a aposta se manteve, em 2,50%, mantendo o mesmo patamar para 2022 e 2023.
A fraqueza nos índices oficiais de preço em 2020 e manutenção da projeção do IPCA no centro da meta estabelecida para o ano que vem contribuem para as estimativas de manutenção da taxa Selic em 4,25% ao ano no fim de 2020, depois da decisão de janeiro de reduzir a taxa de juros e sinalização do Copom em não realizar mais cortes nas próximas reuniões, segundo o comunicado da reunião. No caso de 2021, a aposta foi reduzida de 6,00% para 5,75% o fechamento do período e seguem de 6,50% em 2022 e 2023.
Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram elevadas em R$ 4,15 para R$ 4,20, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. A moeda teve uma semana de forte volatilidade depois de um período conturbado nas bolsas em meio às notícias sobre a propagação do surto de coronavírus fora da China.
Há quatro semanas, os analistas projetavam um dólar a R$ 4,10 no fim do ano. No ano que vem, as estimativas foram mantidas em R$ 4,15, depois de uma elevação na semana anterior.