Por Leandro Manzoni
Investing.com - Os economistas consultados pelo Banco Central para mais uma edição do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (26), elevaram pela décima primeira semana consecutiva a projeção do IPCA para o fim de 2020, já acima do piso mínimo de tolerância de 1,5 ponto percentual, mas abaixo do centro da meta de inflação de 4%. Também teve continuidade, pela terceira semana seguida, alta na estimativa do dólar no fim do ano. Enquanto houve também continuação na melhora das estimativas de PIB pela segunda semana consecutiva. Já a estimativa da Selic se manteve em 2020, mas subiu para o ano que vem acompanhando aumento da projeção do IPCA em 2021.
Os analistas elevaram a estimativa de 2,65% para 2,99%. Há quatro semanas, o mercado via uma inflação encerrando 2020 em 2,05%. A nova estimativa segue abaixo do centro da meta de 4%, mas acima do piso mínimo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em relação ao IPCA do próximo ano, as estimativas também subiram, de 3,02% para 3,10%, enquanto há 4 semanas estavam em 3,01%. A projeção para 2021 também fica abaixo do centro da meta, que ano que vem será de 3,75%. Para 2022 e 2023, as estimativas se mantiveram em 3,50%.
Já os cinco maiores acertos do Boletim, o chamado Top-5 de curto prazo, também elevaram a previsão do IPCA no fim do ano, com um salto de 2,35% para 3,08%, após um leve recuo nas projeções da semana passada. Há 4 semanas, a estimativa era de 1,95%. Para 2021, o TOP-5 também elevou a previsão da inflação oficial de 3,04% para 3,13%, assim como a de 2022 de 3,25% para 3,27%.
Os economistas voltaram a melhorar a projeção do PIB no fim do ano, projetando uma queda de 4,81% na atividade, enquanto na semana passada a estimativa ficou em 5%. Há quatro semanas, esperava que o PIB caísse 5,04%.
Para 2021, a estimativa apresentou queda marginal na projeção, passando de uma expansão de 3,47% para 3,42%. Há quatro semanas, os economistas projetavam alta de 3,5% na atividade no ano que vem. Já o avanço do PIB em 2022 e 2023 se manteve em 2,5% para os dois anos.
Os analistas mativeram, pela décima sétima semana consecutiva, a taxa Selic em 2,00% em 2020, projetando que o Copom não deve adicionar mais cortes adicionais na taxa básica de juros na reunião dessa semana. O TOP-5 também manteve a projeção da Selic em 2020 em 2,00%.
Para 2021, os economistas subiram a expectativa da Selic a 2,75%, mantendo a projeção de 2022 em 4,5%, mas elevando a de 2023 para 6%.
O TOP-5 também elevou a previsão da Selic para 3% em 2021, mantendo em 4,25% em 2022 e 5,38% em 2023.
Em relação ao dólar, as apostas de 2020 avançaram pela terceira semana seguida, apontando nova projeção para R$ 5,40 no fim do ano. Já o Top-5 também subiu a projeção para R$ 5,50. No ano que vem, as estimativas foram elevadas de R$ 5,10 para R$ 5,20, enquanto há quatro semanas atrás era de R$ 5,00, enquanto o Top-5 reduziu de R$ 5,28 para R$ 5,20. Em 2022 e 2023, as projeções se mantiveram em R$ 4,90. Já o Top-5 reduziu a previsão de 2022 e 2023 para R$ 5,10 e R$ 5,00, respectivamente.