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Funcionários do BCE estão perdendo a confiança na liderança, mostra pesquisa

Publicado 17.01.2023, 12:08
© Reuters. Sede do Banco Central Europeu (BCE) é visto durante o pôr do sol em Frankfurt, Alemanha. 05/01/2022. REUTERS/Kai Pfaffenbach
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Por Francesco Canepa

FRANKFURT (Reuters) - Os funcionários do Banco Central Europeu (BCE) estão perdendo a confiança na liderança da instituição após o fracasso do BCE em conter a inflação e um reajuste salarial que ficou atrás do salto nos preços, de acordo com uma pesquisa do IPSO, sindicato dos trabalhadores da entidade.

A pesquisa é a primeira do IPSO a perguntar sobre a confiança na alta administração da instituição desde que Christine Lagarde assumiu a presidência do BCE no final de 2019. A pesquisa foi realizada em meio ao cenário de negociações sobre salários e regras de trabalho remoto. O sindicato detém seis dos nove assentos no comitê de funcionários da entidade.

Os resultados foram enviados à equipe do BCE nesta terça-feira em um e-mail, visto pela Reuters.

Os números mostram que dois terços dos cerca de 1.600 entrevistados disseram que sua confiança em Lagarde e no restante do Conselho de seis membros do BCE foi prejudicada por desenvolvimentos recentes, como a inflação alta e um aumento salarial que não correspondeu à elevação dos preços.

Questionados sobre quanta confiança eles têm em Lagarde e no Conselho quando se trata de liderar e administrar o banco central da zona do euro pouco menos da metade dos entrevistados respondeu "moderada" (34,25%) ou "alta" (14,6%).

Porém, mais de 40% dos entrevistados afirmaram ter confiança "baixa" (28,6%) ou "nenhuma" (12%), enquanto 10,5% não souberam responder.

"Esta é uma preocupação séria para nossa instituição, pois ninguém pode liderar corretamente uma organização sem a confiança de sua força de trabalho", disse o sindicato no e-mail.

Um porta-voz do BCE não comentou diretamente sobre as conclusões do IPSO quando questionado, mas apontou para uma pesquisa de funcionários separada, realizada pelo próprio BCE no ano passado, mostrando que 83% dos entrevistados tinham orgulho de trabalhar para a instituição e 72% a recomendariam.

Lagarde, que não é economista e não trabalhou em bancos centrais antes de ingressar no BCE, defendeu seu Conselho em um evento com funcionários no mês passado.

"Se não fosse por eles, eu seria uma vaqueira triste e solitária perdida em algum lugar no Pampa da política monetária", disse Lagarde, de acordo com uma gravação de painel em 19 de dezembro vista pela Reuters.

© Reuters. Sede do Banco Central Europeu (BCE) é visto durante o pôr do sol em Frankfurt, Alemanha. 05/01/2022. REUTERS/Kai Pfaffenbach

A crítica dos funcionários pode doer porque está relacionada ao cerne da missão do BCE: salários e inflação.

O BCE tem sido criticado por políticos, banqueiros e acadêmicos por inicialmente subestimar um aumento no custo de vida e depois compensá-lo com grandes e dolorosos aumentos nos juros.

A última pesquisa também mostrou que 63% dos funcionários que responderam estão preocupados com a capacidade do BCE de proteger seu poder de compra depois de receber um aumento salarial de apenas 4% no ano passado - ou cerca de metade da elevação nos preços ao consumidor.

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