BERLIM (Reuters) - A cúpula do Grupo dos Sete (G7) no Japão na semana que vem não busca forjar uma aliança contra a China, embora haja debate sobre a implementação de controles direcionados aos investimentos para o gigante asiático, disse uma fonte do governo alemão nesta quinta feira.
Há amplo consenso de que o foco da cúpula deve ser reduzir os riscos, em vez de dissociar o investimento econômico da China, e promover alternativas à Iniciativa Cinturão e Rota, o enorme projeto de comércio e infraestrutura da China, segundo a fonte.
Não ficou imediatamente claro se haverá uma referência a "redução de riscos" na declaração final.
Qualquer controle de investimentos na China será projetado de forma a não afetar relações econômicas mais amplas, mas visará áreas estrategicamente importantes, disse a fonte.
O governo do chanceler Olaf Scholz está cada vez mais cauteloso com a China como um rival estratégico, bem como seu maior parceiro comercial, e tem considerado uma série de medidas ao reavaliar os laços bilaterais.
Na noite de quarta-feira, Berlim finalmente aprovou os planos da chinesa Cosco de comprar uma participação minoritária em um terminal de contêineres do porto de Hamburgo, superando as dúvidas da coalizão governista sobre permitir o investimento em um ativo estratégico.
Apesar de alguns desentendimentos recentes entre Berlim e Pequim, fontes diplomáticas disseram à Reuters que a Alemanha fez apelos pedindo cautela contra a China sob as novas sanções da União Europeia contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia.
A Alemanha critica a possibilidade de tornar as sanções da UE "extraterritoriais" em uma tentativa de combater a evasão, declarou a primeira fonte.
(Reportagem de Andreas Rinke)