WASHINGTON (Reuters) - Os gastos do consumidor nos Estados Unidos aumentaram moderadamente em fevereiro e o ritmo deve diminuir rapidamente nos próximos meses, com a pandemia de coronavírus interrompendo a rotina dos norte-americanos.
O Departamento de Comércio dos EUA informou nesta sexta-feira que os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica do país, subiram 0,2% no mês passado, com as famílias gastando mais em eletricidade e gás, o que compensou a queda nos gastos com veículos e peças e com bens de recreação.
Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos dos consumidores avançariam 0,2% em fevereiro.
Os Estados Unidos agora têm o maior número de casos de coronavírus do mundo, com mais de 82 mil. Autoridades em mais da metade dos 50 Estados do país ordenaram que os moradores permanecessem em ambientes fechados, afetando mais de 100 milhões de pessoas.
Com medidas de "distanciamento social" para conter o vírus levando a demissões de milhões de pessoas e reduzindo severamente os gastos discricionários, os economistas estão prevendo um declínio moderado nos gastos dos consumidores no primeiro trimestre, o que dará lugar a uma contração mais acentuada no segundo trimestre.
Os gastos do consumidor cresceram a uma taxa anualizada de 1,8% no quarto trimestre, desacelerando em relação ao ritmo de 3,2% registrado no período de julho a setembro.
A inflação permaneceu fraca em fevereiro. O índice de preços ao consumidor PCE avançou 0,1%, repetindo a taxa de janeiro. Nos 12 meses até fevereiro o PCE avançou 1,8%, igualando janeiro.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice PCE ganhou 0,2% em fevereiro alta de 0,2% em janeiro. Isso elevou o chamado núcleo do indice a 1,8% em fevereiro de 1,7% em janeiro.
O núcleo do PCE é a medida preferida de inflação do Fed.
(Por Lucia Mutikani)