Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse nesta terça-feira que pretende convidar os líderes partidários para definir uma resposta institucional às manifestações golpistas que vem ocorrendo no país.
"Não é possível a gente achar que isso é normal", disse a dirigente petista a jornalistas em Brasília. "A oposição tem direito de espernear, mas não de pedir golpe e tentar desestabilizar o país."
Gleisi pretende propor aos líderes partidários que deem uma resposta conjunta condenando as manifestações que defendem o desrespeito ao resultado das eleições, que deu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva um terceiro mandato na Presidência com mais de 60 milhões de votos, e pedem uma intervenção militar contra o desfecho do pleito. Ela pretende que essa resposta sirva de apoio à uma postura mais dura do Legislativo e do Judiciário.
"O Judiciário teve uma postura muito firme durante as eleições e queremos que continue tendo essa postura firme", defendeu.
Agenda
O PT começa formalmente nesta semana a operação de transição de governo. Hoje o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, coordenador da transição, deve apresentar a indicação formal de 10 nomes que irão compor o grupo técnico, e ao longo da semana outros devem ser apresentados, incluindo as indicações feitas pelos partidos aliados.
Já Lula chega a Brasília na noite desta terça para uma série de encontros institucionais na quarta. Estão agendados compromissos com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.