BUENOS AIRES (Reuters) - Trabalhadores argentinos demitidos sem justa causa ao longo dos próximos 180 dias receberão o dobro da indenização normal de acordo com decreto anunciado no fim de semana, marcando uma ruptura com a postura pró-mercado da administração anterior.
O "Decreto de Necessidade e Urgência" diz que, em caso de demissão sem justa causa ao longo do prazo do decreto os trabalhadores afetados "terão direito a receber o dobro da indenização correspondente de acordo com a legislação vigente".
O presidente peronista Alberto Fernández assumiu o governo na terça-feira prometendo por fim às políticas liberais de seu antecessor Maurício Macri, em meio a uma inflação elevada, aumento da pobreza e uma recessão econômica.
O desemprego na Argentina subiu a 10,6% no segundo trimestre de 2019, um ponto percentual mais alto que no ano anterior, segundo informou o governo no comunicado de imprensa em que anunciou o decreto.
Os jovens têm sido especialmente afetados, com as mulheres jovens enfrentando uma taxa de desemprego de 24%.
(Por Maximilian Heath e Hugh Bronstein)