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Grandes altas de juros pelo Fed à frente em meio a sinais iniciais de inflação no pico

Publicado 29.04.2022, 13:21
© Reuters. Fachada da sede do Federal Reserve Board em Washington, EUA
19/03/2019
REUTERS/Leah Millis

Por Lindsay Dunsmuir e Ann Saphir

(Reuters) - As autoridades de política monetária do banco central dos Estados Unidos parecem prontas para entregar uma série de aumentos agressivos das taxas de juros pelo menos até meados do ano para lidar com a inflação pressionada e crescentes custos trabalhistas, apesar de dois relatórios nesta sexta-feira terem mostrado sinais preliminares de que ambos podem estar no auge.

Os preços acentuadamente mais altos de alimentos e gás elevaram a inflação geral para uma nova máxima em 40 anos de 6,6% em março, mostraram dados do Departamento de Comércio.

Rodando a mais do que o triplo da meta do Federal Reserve (Fed), a inflação alta é o motivo pelo qual se espera que o banco central acelere o ritmo de elevações das taxas para 0,50 ponto percentual em cada uma de suas próximas três reuniões e continue aumentando os custos dos empréstimos até o fim do ano.

Contratos futuros vinculados à taxa básica de juros do Fed agora mostram fortes apostas na taxa indo a uma faixa de 3% a 3,25% até o fim do ano, colocando os custos de empréstimos em território que os banqueiros centrais dos EUA acreditam que freará o crescimento econômico.

Mas a medida de inflação monitorada mais de perto pelo banco central como um sinal de pressões de preços subjacentes, conhecida como o núcleo do índice de preços de gastos de consumo pessoal (PCE), desacelerou a alta ligeiramente para 5,2% em março, de 5,3% no mês anterior.

O relatório do Departamento de Comércio também continha novas evidências de uma mudança há muito esperada para os gastos com serviços, o que os formuladores de política monetária do Fed esperam que também alivie a pressão de alta dos preços, já que os gastos com bens duráveis caíram.

Enquanto isso, um relatório separado mostrou que os empregadores aumentaram os benefícios para atrair trabalhadores, acelerando o ritmo dos acréscimos nos custos de emprego para 4,5% e ressaltando a visão do Fed de que o mercado de trabalho está apertado de forma extrema e talvez não saudável. Mas o crescimento dos salários no setor privado se estabilizou em 5%.

Os relatórios "não impedirão o Fed de subir (o juro em) 50 pontos-base na próxima semana, mas apoiam nossa visão de que a inflação cairá um pouco mais rapidamente neste ano do que as autoridades do Fed agora parecem esperar", disse Andrew Hunter, economista sênior da Capital Economics.

O Fed, e particularmente seu chefe, Jerome Powell, não está dando nada como garantido depois de terem sido frustrados várias vezes nos últimos dois anos em sua avaliação das pressões inflacionárias, que se recusaram a diminuir como previsto.

© Reuters. Fachada da sede do Federal Reserve Board em Washington, EUA
19/03/2019
REUTERS/Leah Millis

Em sua reunião de política monetária na próxima semana, o Fed deve aumentar as taxas de juros em 0,50 ponto percentual, dose acima do usual, enquanto busca conter a demanda geral que excedeu em muito a oferta de mão de obra e bens. Também deve dar início ao processo de redução de suas participações em ativos como outra maneira de apertar as condições financeiras.

Alguns analistas não se confortaram com nenhum dos relatórios desta sexta-feira, observando que o aumento contínuo dos custos trabalhistas mantém em jogo temores de uma espiral de preços-salários.

"Essas leituras --que não mostram sinais de afrouxamento-- serão motivo de preocupação para as autoridades à medida que tomam decisões sobre política monetária em um ambiente em que o mercado de trabalho está apertado e os preços estão no pico em 40 anos", escreveu Rubeela Farooqi, da HFE.

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