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Grandes bancos seguem apostando em cortes da Selic no 2° semestre após Copom sem muita surpresa

Publicado 04.05.2023, 11:49
Atualizado 04.05.2023, 12:04
© Reuters. Sede do Banco Central, em Brasília
14/02/2023
REUTERS/Adriano Machado
USD/BRL
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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - Depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve os juros inalterados sem promover mudanças expressivas em sua orientação, grandes credores e instituições financeiras seguiram com expectativas de que o colegiado provavelmente só iniciará um processo de afrouxamento no segundo semestre deste ano, no mínimo a partir de agosto.

O BC decidiu na quarta-feira manter a Selic em 13,75% ao ano, sem sinalizar um possível corte futuro da taxa básica como tem sido cobrado pelo governo Lula, e reiterou que não hesitará em retomar o ciclo de aperto monetário se necessário, apesar de ponderar que um cenário de novos aumentos nos juros agora é “menos provável”.

Na primeira reunião do Copom após a formalização da proposta de arcabouço fiscal pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, o comunicado do BC afirmou que a apresentação da nova regra reduziu parte da incerteza, mas disse que em um cenário com processo mais lento de redução da inflação ainda é necessário atenção e paciência na condução da política monetária.

Num geral, o comunicado não trouxe grandes surpresas para os participantes do mercado e motivou mudanças apenas marginais nas apostas para o momento de início de um afrouxamento.

Para além das estimativas de grandes bancos, projeções de operadores implícitas em contratos futuros de juros mostram grande expectativa de que a Selic seja cortada em setembro, em cerca de 1 ponto percentual.

A próxima reunião do Copom acontece em 20 e 21 de junho.

Veja abaixo as avaliações e projeções de instituições financeiras para a Selic após a decisão de política monetária da véspera:

GOLDMAN SACHS

"Em uma decisão unânime e esperada, a orientação futura foi ligeiramente ajustada, tornando-se apenas marginalmente menos 'hawkish'", avaliou em relatório o chefe de pesquisa econômica para América Latina do Goldman Sachs (NYSE:GS), Alberto Ramos.

Ele acrescentou que o comunicado foi consistente com a manutenção de um Copom "vigilante e conservador", uma vez que a missão de desinflação é um trabalho em andamento e nem todas as incertezas vindas do caminho da política fiscal foram removidas.

"Consequentemente, esperamos que o Copom espere até a reunião de agosto para começar a cortar juros gradualmente, mas, devido às perspectivas instáveis ​​da política fiscal e parafiscal e às expectativas de inflação flutuantes, não se pode descartar uma espera mais longa para começar a afrouxar."

SANTANDER

"O Copom parece manter o plano de voo de juros estáveis por período prolongado, como resposta às incertezas fiscais e, principalmente, um processo de desancoragem das expectativas de inflação, que segue como grande preocupação do Comitê", avaliou em relatório Mauricio Oreng, superintendente de pesquisa macroeconômica do Santander Brasil (BVMF:SANB11).

Segundo ele, o Santander vê como "prematura" uma mudança de estratégia por parte do BC, e acredita que a comunicação do Copom, por ora, segue consistente com cenário de queda da Selic apenas no quarto trimestre deste ano.

"Projetamos cortes (graduais) de juros a partir de novembro, trazendo a Selic para 13% ao fim de 2023 e 11% ao fim de 2024", completou ele.

BRADESCO

"Em nossa avaliação, embora a desancoragem das expectativas e a incerteza maior que a usual da conjuntura limitem o espaço para comunicações mais acomodatícias, seguimos projetando início do ciclo de corte de juros em setembro e a taxa Selic encerrando o ano em 12,25%, a depender da evolução dos dados", disse o departamento de pesquisa e estudos econômicos do Bradesco (BVMF:BBDC4) em relatório.

CREDIT SUISSE

"No geral, o comunicado (do Copom) reforça que seu trabalho depende do desenho final do novo arcabouço fiscal e de sua confiabilidade", avaliaram estrategistas para Brasil do Credit Suisse (SIX:CSGN).

"Acreditamos que, se as expectativas de inflação se estabilizarem ou até começarem a cair, o real continuar se movendo em torno de 5,00/5,10 por dólar e as metas de inflação do Banco Central não mudarem, o BC poderá começar a cortar a taxa de juros durante a segunda metade do ano."

BofA

O Bank of America (NYSE:BAC) --que tem um dos prognósticos mais brandos para a condução da política monetária pelo BC-- elevou sua projeção para o patamar da Selic ao final desde ano após a última reunião do Copom, mesmo com o tom ligeiramente mais "dovish" do comunicado.

"Dada nossa percepção do estado da economia, efeitos defasados ​​cumulativos do aperto monetário e deterioração do mercado de crédito, adiamos nossa projeção para o início de um ciclo de flexibilização de 425 pontos-base para agosto", avaliou o credor norte-americano em relatório. "Esperamos um corte inicial de 50 pontos-base e a taxa Selic em 11,75% até o final do ano de 2023, mas continuamos esperando a taxa em 9,50% até o fim de 2024."

Até recentemente, o BofA projetava a Selic em 11% ao final deste ano.

CITI

"Vemos o Copom um pouco mais confiante em sua estratégia de ficar mais tempo em espera, sustentando nossa projeção de que o início do ciclo de afrouxamento monetário ocorrerá apenas no quarto trimestre de 2023, com a taxa Selic fechando este ano em 12,25%", avaliou o Citi em nota a clientes.

© Reuters. Sede do Banco Central, em Brasília
14/02/2023
REUTERS/Adriano Machado

XP (BVMF:XPBR31)

"Em nossa visão, à medida que a inflação global desacelere e a demanda doméstica perca força, o Copom iniciará um ciclo de flexibilização gradual no segundo semestre", disse o economista-chefe da XP, Caio Megale, em relatório.

"Antevemos um corte de 0,25 ponto percentual na reunião de agosto, seguido de sucessivos cortes de 0,50 ponto percentual até a Selic atingir 11,00% no primeiro semestre de 2024."

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