Por Tarek Amara
TÚNIS (Reuters) - Trinta britânicos e oito outros estrangeiros foram mortos na sexta-feira passada quando um homem armado abriu fogo contra veranistas em um hotel da Tunísia, informou o Ministério da Saúde tunisiano nesta quarta-feira, finalizando as últimas identificações formais das vítimas.
O massacre no balneário de Sousse, cuja autoria foi assumida por militantes do Estado Islâmico, foi o pior atentado do tipo na história moderna da Tunísia e representou um golpe na indústria do turismo, vital na nação norte-africana que ainda consolida sua nova democracia.
Quatro anos depois de um levante popular ter derrubado o autocrata Zine El-Abidine Ben Ali, a Tunísia está lidando com uma ameaça crescente por parte de radicais islâmicos, que o governo da Grã-Bretanha acredita poderem tentar realizar mais ataques.
Os turistas ainda estavam nas praias de Sousse nesta quarta-feira, mas em número muito menor, já que milhares partiram da Tunísia. As autoridades começaram a destacar mais policiais armados para reforçar a segurança em resorts e pontos turísticos.
O Ministério da Saúde disse que todas as 38 vítimas foram formalmente identificadas e que se trata de 30 cidadãos britânicos, três irlandeses, dois alemães, um belga, um português e um russo.
Os corpos de algumas das vítimas britânicas foram mandados para casa em um avião da Força Aérea Real da Grã-Bretanha.