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Horizonte de convergência da inflação à meta deve ser flexível, diz diretor do Banco Central

Publicado 05.06.2023, 13:11
Atualizado 05.06.2023, 14:10

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse nesta segunda-feira que o horizonte para a convergência da inflação à meta depende da natureza dos eventuais choques, que podem ser de oferta ou demanda, ressaltando que o horizonte deve ser flexível para incorporar esses impactos.

"O horizonte de convergência da inflação depende da natureza do choque; então, se um choque é oferta ou demanda, ou se é mais persistente, ou se é menos persistente, isso tem um impacto no 'timing' da convergência de inflação, então ele (horizonte) deve ser flexível para incorporar isso", disse Guillen em evento virtual do Bradesco BBI.

O diretor do BC fez seus comentários em resposta a pergunta sobre as vantagens e desvantagens de alterar o atual sistema de metas de inflação para incorporar um período de tempo que não seja mais vinculado ao ano-calendário, como tem defendido o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

"Se você leva como fixo, como literal, o ano-calendário como horizonte em que você quer conseguir a meta de inflação, isso obviamente... não seria ótimo. Em nossos comunicados temos enfatizado o que é o horizonte relevante, porque, no fim, o que você quer é o horizonte em que a política monetária age", defendeu Guillen.

"Acho que tem havido um pouco de confusão sobre qual é o horizonte de convergência da inflação, que são os 18 meses, ou o período de verificação, para checar se você está na meta ou não", acrescentou. Ele disse que o "período de verificação" não é o horizonte em que a política monetária age, mas sim o período de checagem para ver se a inflação está na meta ou não e se o BC deve ou não prestar contas à sociedade.

Quando desrespeita a meta de inflação, a autarquia deve escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando a inflação acima ou abaixo dos limites do intervalo de tolerância do objetivo.

"Eu, na verdade, gosto da ideia da carta aberta, é responsabilização... e a responsabilização e a autonomia do Banco Central andam de mãos dadas", disse Guillen.

Ele disse ainda que o BC vê pequena redução na margem das expectativas de inflação para 2023, mas destacou que as expectativas de longo prazo subiram como reflexo das discussões em torno da regra fiscal.

© Reuters. Sede do Banco Central, em Brasília
14/02/2023
REUTERS/Adriano Machado

Guillen afirmou, ainda, que olhando para frente, a expectativa é de moderação do crescimento econômico diante da política monetária restritiva, mas defendeu que esse arrefecimento é necessário para conter a inflação. Segundo ele, o BC está "fazendo o que é necessário para levar a inflação à meta".

A taxa Selic está atualmente em 13,75%, nível elevado que tem sido criticado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O diretor disse que os riscos fiscais negativos do Brasil caíram, mas as expectativas de resultado primário não mudaram muito depois da aprovação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados e reiterou que não há relação mecânica entre as novas regras e a política monetária.

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