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Atividade econômica mostra forte recuperação em fevereiro, aponta BC

Publicado 28.04.2023, 09:13
© Reuters. Sede do Banco Central, em Brasília
22/03/2022
REUTERS/Adriano Machado

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) -A economia do Brasil registrou recuperação em fevereiro graças ao desempenho das atividades agrícola e de serviços, de acordo com dados do Banco Central nesta sexta-feira que mostraram a maior taxa de expansão em pouco mais de dois anos e meio.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) registrou crescimento de 3,32% em fevereiro em relação ao mês anterior, mostrou dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).

Foi a taxa de expansão mais elevada desde junho de 2020 (+4,86%), na sequência das quedas intensas provocadas pelas paralisações devido à pandemia de Covid-19.

Em janeiro, o IBC-Br teve recuo de 0,09%, em dado revisado pelo BC de uma taxa negativa de 0,04% informada antes.

O forte resultado de fevereiro, mesmo diante dos impactos da política monetária restritiva e da dissipação do impulso com a reabertura pós-Covid, surpreendeu analistas, que destacaram o desempenho do setor agrícola no primeiro trimestre do ano.

"A força do setor primário --incluindo agricultura-- e uma recuperação relativamente decente dos gastos com serviços provavelmente estão por trás do desempenho impressionante de serviços, compensando a fraqueza em outros setores", destacou em nota Andres Abadia, economista-chefe da Pantheon Macroeconomics.

Em fevereiro, o volume de serviços no Brasil cresceu mais do que o esperado no período. Mas, na contramão, a produção industrial brasileira apresentou o terceiro mês seguido de perdas da produção, enquanto as vendas no varejo perderam força.

Laíz Carvalho, economista para Brasil do BNP Paribas (EPA:BNPP), foi na mesma linha e destacou o forte desempenho da agricultura esperado no primeiro trimestre.

"Foi uma surpresa bastante forte ... e esse IBC-Br mostra que teremos uma atividade econômica bastante forte nesse primeiro trimestre. Para o ano de 2023 temos expectativa de expansão de 1,5% do PIB, muito puxado pela agricultura no primeiro trimestre e também pelo setor de serviços, que deve ter desaceleração mais lenta", disse ela, calculando expansão de 0,9% do PIB no primeiro trimestre sobre os três meses anteriores.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 2,76%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 3,08%, de acordo com números observados.

Apesar da expansão apontada pelo IBC-Br, a atividade econômica já sente neste início de ano os impactos da política monetária restritiva, com condições de crédito mais apertadas e endividamento elevado no país, além de uma desaceleração do mercado de trabalho.

"Projetamos uma desaceleração na demanda doméstica e nos componentes cíclicos de oferta, devido principalmente à esperada recessão global e aos efeitos da política monetária apertada do Banco Central", avaliou Gabriel Couto, economista do Santander Brasil (BVMF:SANB11), em nota.

"Mas também esperamos crescimento forte para a produção agrícola não cíclica, refletindo uma projeção recorde para a safra de grãos."

A taxa básica de juros está em 13,75% ao ano e o BC deve mantê-la nesse patamar na reunião da próxima semana, de acordo com expectativas do mercado, mesmo sob forte crítica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

© Reuters. Sede do Banco Central, em Brasília
22/03/2022
REUTERS/Adriano Machado

Ainda assim, novas medidas de transferência de renda pelo governo devem dar algum alento à atividade, bem como fortes resultados esperados do setor agrícola, ajudando a evitar uma desaceleração mais intensa do PIB.

O mercado prevê para este ano uma expansão do PIB de 0,96%, indo a 1,41% em 2024, de acordo com a pesquisa Focus mais recente.

(Por Camila MoreiraEdição de Eduardo Simões e Luana Maria Benedito)

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